O Forum da RIA - Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural tem marcado o debate sobre a Animação Sociocultural entre académicos e profissionais de Animação Sociocultural.
Diariamente surgem novos comentários que expressam a multiplicidade de definições e preocupações acerca da prática da Animação com as comunidades. Do debate que se está desenrolando e porque parece-me oportuno contribuir para a reflexão sobre a Animação Sociocultural, em particular sobre o profissionalismo ou voluntariado em Animação, aqui fica o registo da minha modesta opinião sobre esta matéria.
Animador Sociocultural profissional e voluntário são faces diferentes da mesma moeda. Em Portugal são dezenas de escolas do ensino profissional que leccionam o curso de Animador Sociocultural, no ensino superior a realidade não é diferente. Sobre esta realidade não podemos procurar razões materiais alheias a nós próprios para o facto, das instituições que empregam profissionais que não tendo qualificações académicas para o exercício da Animação Sociocultural estejam exercendo-a.
Parece-me que o debate tem que ser alargado a outras causas, há ausência do Estatuto do Animador Sociocultural. Um Estatuto que regulamente a carreira profissional e o código deontológico do Animador Sociocultural.
Ironizando um pouco, estou convencido de que os Animadores não têm habilitações académicas para exercer funções de médico, arquitecto ou agente de segurança, mas de uma coisa tenho a certeza, têm formação académica para o exercício da prática da Animação Sociocultural.
O voluntariado é a chave para o trilhar de caminhos em Animação Sociocultural de forma mais incisiva no associativismo.
O voluntariado existe porque as pessoas que o corporizam, independentemente de serem Animadores ou não, praticam-no porque acreditam nos projectos associativos, acreditam que é na mobilização dos grupos assentes na participação que podem mudar a realidade em favor da comunidade e sendo ela a protagonista.
Não é o facto de ser renumerado pelo desempenho profissional enquanto Animador Sociocultural que faz de mim, um profissional nestas coisas da Animação. Estou envolvido no movimento associativo de forma voluntária e sinto-me Animador Sociocultural de igual forma. O associativismo vive do voluntariado e penso que Animação Sociocultural e associativismo são duas realidades paralelas que se fundem nos mais variados momentos, em especial quando os Animadores Socioculturais encontram caminhos para a promoção e dinamização da participação dos colectivos na vida comunitária.
As associações de base voluntária são verdadeiras pólos de Animação Sociocultural.
1 comentário:
bom comeco
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