quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Qual a taxa de empregabilidade dos Animadores?

O relatório "A procura de emprego dos Diplomados com habilitação superior" realizado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) publicado no presente mês, reporta-se ao mês de Dezembro de 2007.

O estudo revela que da análise aos inscritos nos centros de emprego de Portugal Continental com habilitação superior, em Dezembro de 2007, as áreas de estudo com mais inscritos há um ano ou mais, são a de Formação de Professores, com 20% dos inscritos, seguida da área das Ciências Empresariais, com 17%, e das Ciências Sociais e do Comportamento, com 14% dos inscritos.

Os termos "inscritos", "registos" e "desempregados" são aplicados no sentido de inscritos nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) à procura do primeiro emprego ou de novo emprego. A utilização dos termos "diplomados" ou de "diplomados com habilitação superior" é aplicada no sentido de "titulares dos graus de bacharel, licenciado, mestre e doutor".

O relatório do GPEARI refere que em algumas áreas, o peso relativo dos inscritos nos centros de emprego é significativamente superior ao peso relativo dos diplomados na mesma área. Na área 76, Serviços Sociais, que abrange cursos como Animação Sócio-Cultural, Educação Social, Política Social e Serviço Social; 4,5% estão classificados como inscritos e 2,2% como diplomados.

O documento agora tornado público refere que em cada área, a situação é muito diversa entre cursos e dentro de cada curso, entre estabelecimentos de ensino. Na área 76, Serviços Sociais, destaca-se como contribuindo mais para aquela situação o curso de Serviço Social de alguns estabelecimentos de ensino.

Os níveis de procura de emprego por áreas de estudo são diversos. A relação entre o número de desempregados em Dezembro de 2007 e o número de diplomados entre 1996-97 e 2005-2006, indica valores mais altos nas áreas Serviços Sociais (que abrange cursos como Animação Sócio-Cultural, Educação Social, Política Social e Serviço Social); seguido de Ciências Sociais e do Comportamento, ...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Forum Animação Sociocultural

O Projecto “Fórum Animação Sociocultural” promovido por Carlos Azevedo, Professor da disciplina de Práticas de Animação Sociocultural, na Escola Secundária de Monserrate, tem como objectivo incentivar o debate e partilha de opiniões sobre determinados temas propostos.

Actualmente e como “tema de partida”, o promotor do projecto propôs a seguinte questão: Poderá ser a ASC uma ciência? Se sim, qual o seu objecto? Qual o seu método? Atendendo ao crescente conhecimento produzido de ASC, ao número de cursos superiores, licenciaturas e doutoramentos, que consubstanciam, assim, a teorização de conceitos e de metodologias, poderá a ASC algum dia ser considerada uma das ramificações da Ciência Social?

Aceda ao forum em http://www.forumanimacaosociocultural.blogspot.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Terceira idade, um desafio para o sec. XXI

A convite da produção do programa televisivo "Uns e Outros" da RTP Madeira, tive o privilégio de participar no painel de debate, cujo tema da edição do programa do passado dia 20 de Fevereiro, foi "Terceira idade, a nova oportunidade". Aceitei tal desafio enquanto Animador Sociocultural, e porque entendo que é preciso discutir estes temas, com especial enfoque para o foro social à luz da multidisciplinariedade.

Da discussão que se gerou em torno do tema e das ideias que me parecem mais significativas reter e trabalhar desde a perspectiva da Animação Sociocultural, é um novo conceito pouco desenvolvido do ponto de vista prático, o envelhecimento activo.

O envelhecimento activo encontra aplicação nos indivíduos ou grupos populacionais e permite que as pessoas tomem consciência do seu potencial para o bem-estar físico e mental ao longo da vida, incluindo a participação activa dos seniores nas questões económicas, culturais, espirituais, cívicas e na definição das políticas sociais.

Uma outra ideia que foi veiculada prende-se com o projecto das Universidades Seniores com os seus programas de educação não formal que têm amealhado benefícios sociais em prol da pessoa idosa. A metodologia das Universidades ou Academias Seniores baseia-se na motivação, utilizando técnicas activas de uma pedagogia centrada na Animação Sociocultural. O trabalho em parceria ao nível da concretização dos projectos para a terceira idade devem envolver uma rede de instituições que no território local têm responsabilidades sociais, nomeadamente, as autarquias locais, a escola, as associações culturais e recreativas, entre outras que poderão associar-se ao desenvolvimento da ideia do envelhecimento activo.

Por fim, salientar o consenso acerca da necessidade das instituições sociais de apoio directo à terceira idade terem nos seus quadros agentes sociais (Animadores Socioculturais, Educadores Sociais/Seniores) que no desenvolvimento de um trabalho multidisciplinar procurem a transformação social da realidade da pessoa sénior.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

V Colóquio de Animação Sociocultural - "Caminhos da Animação"

Como já haviamos anunciado num post anterior, o V Colóquio “Caminhos da Animação” é organizado pelos alunos finalistas do Curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Beja, nos dias 4 e 5 de Março de 2008, no Auditório do Instituto Politécnico de Beja.

O colóquio cujo tema é "Novos Desafios e Caminhos da Animação" pretende constituir-se como um espaço de reflexão e de intercâmbio de experiências sobre diferentes âmbitos de intervenção da Animação Sociocultural.

Dia 4 Março

9h – Abertura do Secretariado
9.30h – Sessão de Abertura
Instituto Politécnico de Beja; Escola Superior de Educação de Beja e demais entidades oficiais;
10.00h – Momento de Animação
10.15h – Comunicação “Desafios da Animação no séc. XXI”
Dr. António Leal – Escola Superior de Educação de Coimbra
10.45h – Momento de Animação/ Pausa para café
11.00h – Painel I – “Animação e Autarquias”
Partilha de projectos de Animação dinamizados por Autarquias Portuguesas

Câmara Municipal de Óbidos - Chefe dos Serviços de Turismo – Dr. Francisco Salvador
Câmara Municipal de Sintra - Rede de Ludotecas de Sintra – Dra. Sofia Félix
Câmara Municipal de Castro Verde - Vereador do Pelouro da Cultura, Lazer e Desporto – Dr. Paulo Nascimento
Câmara Municipal de Mértola - Coordenador da Divisão de Cultura, Turismo e Desporto – Dr. Manuel Marques

12.30h – Almoço livre
14.30h – Painel II - “Universos e Novos Caminhos da Animação”
Das áreas tradicionais às mais recentes, são vários os caminhos que a Animação deverá percorrer

Região de Turismo dos Açores - Delegada de Turismo da Ilha Terceira – Dra. Verónica Bettencourt
Gestalqueva S.A. - Conselho de Administração – Dr. Nelson Domingos Brito
Projecto EQUAL – Logística da Prevenção e Combate a Incêndios Florestais: A Mobilização de Recursos - Chefe de Projecto – Dr.ª Graça Martins
Culturgest - Directora do Serviço Educativo – Dr.ª Raquel Santos

15.45h – Momento de Animação / Pausa para café
16.00h – Tertúlia – “Da Ideia ao Projecto”
Da idealização à concretização da ideia, existe um caminho que importa explorar e partilhar

D. Maria Odete Claro - Grupo de Teatro Amador da Precelada
Dra. Marta Guerreiro - Técnica Superior de Animação
16.30h - Painel IV – Animação sem Fronteiras
Outras realidades uma mesma finalidade.
Germain COLY - Senegal - "L'Animation culturelle d'hier à aujourd'hui: animation et politique culturelle nationale au senegal"
Benoît Atchom - Camarões - "Tourisme et animation culturelle: le paradoxe camerounais"
Maria de la Cruz Rios Yanes - México - "Las asociaciones civiles y la participación cultural en México"
Manisha Narayan - Índia - "Animation Culturelle: outil de sensibilisation du patrimoine"
Charlotte Marland - França - "L'experience associative en France: le cas de l'union REMPART"

17.15h – Momento de Animação / Pausa para café
17.30h – Mesa Redonda – “Animação e Desenvolvimento Local”
Associação de Municípios do Alentejo e Alentejo Litoral, Câmaras Municipais, Associação de Beneficiários do Roxo e outras entidades a confirmar.

Animação Nocturna – “Distúrbios Culturais”, A.E. ESEB

Dia 5 Março

9h – Abertura do Secretariado

9.15h – Painel IV – “Desenvolvimento local, Empreendedorismo e Animação”
Num contexto desafiante à animação, é necessária uma visão estratégica e inovadora
ESDIME - Presidente da Direcção – Dr. David Marques
IPJ/ Delegação de Faro - Técnico Superior de Animação – Dr. José Vieira

10.45h – Momento de Animação/Pausa para café
11.00h – Painel V “Formação e Educação de Públicos”
Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja
Oficinas de Formação e Animação Cultural de Aljustrel
3 em Pipa – Associação de Animação
“Vemos Ouvimos e Lemos “ – Livraria e galeria de pintura
Baal 17 – Serpa
Mestre António Inverno

12.30h – Almoço
14.30h – Painel VI – “O Associativismo, o Voluntariado, a Acção Social e a Animação”
O que marca a diferença na intervenção é o contexto em que esta é realizada

Fundação CEBI - Presidente da Direcção – Dr. Honório Vieira
Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto - Presidente da Direcção – Dr. Augusto Flôr
Associação Rota Jovem (voluntariado Europeu)
Associação de Desenvolvimento Local Monte, ACE – Arraiolos - Técnico Superior de Animação - Dr. José Neves
Cláudia Galaio – Técnica Superior De Animação

16.15h – Momento de Animação / Pausa para café
16.30h – Painel VII – Profissão: Animador
Técnico Superior de Animação - Dr. Idálio Loução
Escola Profissional Alsud - Mértola - Dra. Isabel Campos / Dra. Ana Matias
ANASC - Presidente da Direcção - Dr. Calado Mendes
APDASC - Delegação Regional do Sul

17.30h – Sessão de Encerramento e Conclusões do Colóquio
Primeiro Director do Curso de Animação Sociocultural, ESEB - Prof. Doutor José Orta
Presidente do Conselho Directivo da ESEB - Prof. Doutor Vito Carioca
18.00h – Espectáculo Evocativo
“10 Anos do Curso de Animação na Cidade de Beja”

Animação Nocturna – “Distúrbios Culturais”, A.E. ESEB
(ver programação em http://www.aeeseb.com/)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

II Encontro Regional de Animação Sociocultural - Madeira

A Delegação Regional da Madeira da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Sócio-Cultural (A.P.D.A.S.C), na pressecução dos seus objectivos e na continuidade de um projecto que se afirmou como excelente espaço de debate e reflexão acerca das reais possibilidades do exercício da Animação Sociocultural no território insular madeirense, está a programar o II Encontro Regional de Animação Sociocultural (ERASC) que se realizará no Auditório do Museu da Electricidade - Casa da Luz, no Funchal, no dia 07 de Novembro de 2008.

O II Encontro tem como objectivos contribuir para o desenvolvimento da Animação Sociocultural; clarificar o papel e as funções dos Animadores Socioculturais enquanto agentes sociais privilegiados da Animação; incentivar e divulgar projectos de Animação Sociocultural no contexto do desenvolvimento comunitário (no âmbito regional), bem como fomentar a criação de grupos de trabalho que se debrucem sobre algumas questões relativas à Animação Sociocultural.

Brevemente serão disponibilizadas mais informações.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cursos de Iniciação à Animação

A UPAJE - União para a Acção Cultural e Juvenil Educativa promoverá proximamente, três cursos de Animação, a saber:

- Curso de Iniciação à Animação Juvenil - Intensivo (Animação de Campos de Férias e ATL)
15 a 20 de MArço em Vila Nova do Ceira/ Góis

- Curso de Iniciação à Animação Juvenil - Pós-Laboral (Animação de Campos de Férias e ATL)
2 a 23 de Abril/ Segunda, Quarta, Sexta e mais um fim-de-semana intensivo

- Curso de Animação Sénior
7 a 13 de Abril/Segunda, Quarta, Sexta e mais um fim-de-semana intensivo

Para mais informações sobre a actividade associativa desta colectividade e inscrição nos cursos apresentados aceda em www.upaje.pt

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Um processo de Animação com a população sénior

O último número da Revista Rugas/Madeira, na rúbrica Repórter 50+ dedicada ao Centro Social e Paroquial das Preces em Machico, retrata de forma incisiva todo um trabalho de Animação Sociocultural com uma população sénior que vem sendo desenvolvido por um Animador Sociocultural e uma docente. Aqui fica alguns excertos da reportagem que pelo seu conteúdo e por todo um processo metodológico de Animação, parece-me apropiado divulgar na blogesfera.

«Fernando Aveiro é um jovem de 22 anos, animador sócio-cultural do Centro Social e Paroquial das Preces... "Motivá-los para cada uma das actividades é proporcionar-lhes que se sintam úteis, quebrem a barreira do isolamento e explorem as suas potencilaidades" diz o animador; que se preocupa em incluir aqueles que têm mais dificuldades, em termos de mobilidade, para que se sintam integrados e possam dar também o seu contributo.»

"... a Dr.ª Ana Gil, professora do ensino recorrente, acompanha um grupo de alunos, que poderiam ser seus avós, nas disciplinas de português, matemática e mundo actual. Este é um processo de alfabetização e desenvolvimento pessoal que num fundo tem por objectivo principal a valorização pessoal e a facilitação das relações sociais, numa lógica de integração comunitária."

«No âmbito da preparação dos eventos desenvolvem-se muito os trabalhos manuais sobretudo os que se relacionam com o manuseamento de materiais que tenham estado mais ligados às suas histórias de vida como os tecidos e as madeiras. "Tentei trabalhar as artes plásticas e decorativas mas percebi que era desadequado, não vale a pena impor coisas que claramente não são do agrado das pessoas e para as quais não têm apetência. Por isso apostei em perceber o que eram as suas potencialidades e desenvolver actividades em conformidade com essa análise preferindo os trabalhos manuais às artse plásticas"...».

Fonte: Revista Rugas/Madeira, n.º 10, II Série, Fevereiro 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Jogos Tradicionais são tema de projecto de Animação Sociocultural

No âmbito da realização do projecto "Jogos Populares e Tradicionais", um grupo de alunos do 3º ano do curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Beja realizaram uma das duas actividades do projecto. A primeira agendada para ontem, dia 12, materializou-se num colóquio subordinado ao tema "A importância do associativismo na preservação dos jogos tradicionais".

Um dos alunos responsáveis pelo projecto adiantou qua no decorrer do colóquio seria "explicada a forma como o associativismo contribui para a preservação dos jogos tradicionais".

A outra iniciativa enquadrada neste projecto de Animação Sociocultural está agendada para o mês de Março e consistirá na demonstração prática de alguns jogos tradicionais mais comuns na Cidade de Beja.

Fonte: Rádio Voz da Planície

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Uma década do curso de Animação Sociocultural

A Escola Superior de Educação de Beja comemora 10 anos de leccionação do curso de Animação Sociocultural. Foi no ano lectivo de 1997/1998 que a ESE iniciou a formação de Animadores Socioculturais, um nível de formação que correspondia ao grau de bacharelato. Uma realidade que durou apenas dois anos, pois, o então Ministério da Educação aprovou a reestruturação do plano de estudos do curso e este, foi reconvertido numa licenciatura bietápica em Animação Sociocultural. Uma conquista da ESE e dos alunos do curso de Animação Sociocultural, entre os quais, eu figurava desde o ano lectivo de 1997/1998. Enfim, tive o privilégio de co-inaugurar o curso de Animação Sociocultural de nível superior no Baixo Alentejo.

Passados 6 anos desde a conclusão da minha licenciatura em Animação Sociocultural, a avaliação é positiva, atendendo ao facto de que sou parte do "produto" resultante da primeira vaga de Animadores formados na ESE de Beja. Hoje tenho a plena consciência de que o Animador Sociocultural só o é verdadeiramente, na conciliação da teoria com a prática. Os ensinamentos académicos parecem não fazer muito sentido quando os incorporamos pela primeira vez, mas muitas vezes revelam-se de extrema importância no exercício da prática da Animação Sociocultural.

É imperioso termos a consciência de que a realidade social, nomeadamente, aquela em que os Animadores Socioculturais irão intervir pela sua actividade profissional deverá ser a viga mestre da formação académica do Animador, ou seja, tal realidade deve fundamentar a formação teórico-prática, uma prática que em alguns casos não correspondem à realidade. Continuo a defender que é fundamental uma ligação efectiva e real ao mercado de trabalho; um conhecimento in-loco das realidades socioculturais e institucionais que possibilitarão a empregabilidade dos Animadores Socioculturais.

É chegado o momento de realizar uma hetero e auto-avaliação da formação das dezenas de Animadores Socioculturais que ingressaram no mercado de trabalho. Há Animadores que tiveram o privilégio de exercer a Animação desde o terminus da sua formação académica, um trabalho de afirmação socioprofissional árduo, mas, marcado pela esperança do reconhecimento da profissão e da definição do Estatuto do Animador; duas realidades que merecem uma profunda reflexão por parte de todos as entidades envolvidas no processo formativo dos Animadores. Há outros Animadores que ainda procuram um lugar ao sol, um lugar que existe apenas nos sonhos de criança.

As instituições com responsabilidades na formação dos Animadores Socioculturais têm o dever ético de formar agentes para um mundo de possibilidades, que vão muito para além do espaço geográfico que operam, circunscrito a uma região. Há a necessidade de formar Animadores que estejam capacitados para intervir nas diferentes realidades regionais, não podemos circunscrever o espaço social de intervenção apenas à realidade local.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Aldeia de Baleizão acolhe projecto de Animação Sociocultural

Baleizão, aldeia do Baixo Alentejo no Concelho de Beja acolhe o projecto de Animação Sociocultural denominado "Mostrar e Viver Baleizão".

O projecto consiste num desfile etnógráfico de oito carros alegóricos que representam o quotidiano comunitário vivido pelas gentes da comunidade local. É essa mesma comunidade que será a protagonista, a par do movimento associativo e demais instituições locais.

Este é o resultado de projecto de desenvolvimento local que nasceu na sequência de um trabalho académico promovido na pequena aldeia alentejana, por um grupo de alunos do curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Beja.

Maria João Brissos, uma das alunas responsáveis pelo projecto, explicou que "neste sábado são recuperadas as tradições em Baleizão, através da realização de um desfile etnográfico que vai percorrer as ruas da aldeia".

Fonte: Rádio Voz da Planície

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Um ano de actividade do blog Animação Sociocultural e Insularidade

Hoje o blog Animação Sociocultural e Insularidade comemora um ano de actividade sustentada na reflexão sobre a Animação Sociocultural e âmbitos afins a esta prática social, desde o território insular.

O blog nasceu da necessidade e oportunidade de criar um espaço virtual de reflexão no universo insular, e de debate aberto à participação de todos aqueles que se identificam com a Animação Sociocultural, sem nunca perder, o rumo que desejamos que a prática da Animação Sociocultural assuma no território regional.

A avaliação que faço de um ano de actividade é positiva. Estou ciente das dificuldades no que concerne ao debate acerca da Animação, atendendo que o fazemos desde a Região Autónoma da Madeira, condicionados na acção teórica pela insularidade que nos moldou a identidade cultural. Continuamos livres no pensamento crítico e na acção que ambicionamos promover em prol da Animação Sociocultural.

Aproveito o ensejo para agradecer publicamente a todos aqueles que colaboram na divulgação do blog, pelos comentários que produziram nos respectivos blogs que para mim, são um incentivo a continuar a reflectir de forma coerente com o meu posicionamento face à Animação Sociocultural.

Uma palavra de agradecimento a todos aqueles que visitaram o Animação Sociocultural e Insularidade e a muitos outros, que continuam a fazê-lo assiduamente, pelos comentários que foram deixando, um repto para um debate virtual mas necessário.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Políticas locais para a Diversidade Cultural

Que políticas para a diversidade cultural nos territórios locais?

Abordarmos a diversidade cultural implica uma leitura do social e uma concepção de política cultural que favoreça a inclusão e convivência das diferentes culturas no micro espaço local/regional. A compreensão da diversidade cultural e consequentemente acções de apoio à diversidade, acontece de acordo com variáveis como a história, a geografia, as características demográficas, a vitalidade da sociedade civil, factores estes que variam de uma cidade para outra, dentro de uma mesma região.

O entendimento da diversidade cultural não deve ser circunscrito à ideia da valorização da cultura das minorias étnicas. A diversidade cultural é um processo que exige uma visão global, temos que entendê-la enquanto um mundo de práticas e representações culturais de um grupo social, das culturas periféricas, mas não menos importantes na construção da identidade cultural.

A promoção da diversidade cultural deverá ser uma das acções estratégicas de uma política cultural local. Uma política promotora dos direitos culturais - participação e acesso à cultura, a par, de um processo educativo para a diversidade cultural e inclusão social. A inclusão através de processos activos de participação cultural, da valorização da cultura do "Outro" e da facilitação de oportunidades de creatividade artística que poderão manifestar-se na actividade sociocultural e nos conselhos municipais de cultura.

A diversidade cultural é um riquíssimo património da humanidade, onde poderemos descobrir novos sentidos para a democracia. A participação de todos os grupos sociais na vida cultural local é factor de inclusão social e de vivência do pluralismo cultural que na contemporaneidade é sinónimo de coesão social e de convivência multicultural.

A Animação Sociocultural deve ser instrumento potencializador da democracia cultural, de fomento de processos educativos para a diversidade cultural e consequente inclusão social.

Valores como a tolerância, a convivência multicultural, o respeito mútuo, a solidariedade e a cooperação são princípios de referência para a vivência plena da multiculturalidade. A este prepósito, o sétimo princípio da Agenda 21 da Cultura foca a interdependência entre território e o diálogo. “As cidades e os espaços locais são ambientes privilegiados da elaboração cultural em constante evolução e constituem os âmbitos da diversidade criativa, onde a perspectiva do encontro de tudo aquilo que é diferente e distinto … torna possível o desenvolvimento humano integral. O diálogo entre a identidade e a diversidade, indivíduo e colectividade, revela-se como a ferramenta necessária para garantir tanto uma cidadania cultural planetária, como a sobrevivência da diversidade linguística e o desenvolvimento das culturas”.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

V Colóquio "Caminhos da Animação"

Nos dias 4 e 5 de Março de 2008, a Cidade de Beja acolherá uma vez mais, a realização do Colóquio "Caminhos da Animação", um espaço e tempo formativos organizado pelo alunos finalistas do Curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Beja, que a exemplo de edições anteriores, pretende ser um espaço de reflexão e de intercâmbio de experiências sobre diferentes âmbitos de intervenção da Animação Sociocultural.

De acordo com a Organização do Colóquio, um outro dos objectivos que norteiam esta iniciativa é o facto de ser "um meio de divulgar a Animação Sociocultural, enquanto instrumento de intervenção, junto de instituições que a ela podem recorrer para conseguir actuações nos mais variados domínios, como por exemplo a Educação, a Cultura, a Acção Social, o Desenvolvimento Local, Criação de Públicos e Gestão e Programação Cultural."

Este colóquio que decorrerá no Auditório dos Serviços Comuns do Instituto Politécnico de Beja reveste-se de especial interesse por chamar a si a comemoração dos 10 anos de abertura do curso da Escola Superior de Educação de Beja, e está integrado num projecto mais alargado denominado II Jornadas de Animação que decorrerão de Março a Junho de 2008.

Aqui fica o pré-programa do Colóquio "Caminhos da Animação".


Dia 4 Março

9h – Abertura do Secretariado

9.30h – Sessão de Abertura “10 anos de Animação em Beja”

10.00h – Momento de Animação

10.15h – Comunicação “Desafios da Animação no séc. XXI”
Professor Doutor Vítor Ventosa Perez*

10.45h- Momento de Animação/ Pausa para café

11.00h – Painel I - “Animação e Autarquias”
Partilha de projectos de Animação dinamizados por Autarquias Portuguesas

13.30h – Almoço

14.30h – Painel II - “Universos e Novos Caminhos da Animação”
Das áreas tradicionais às mais recentes, são vários os caminhos que a Animação deverá percorrer


15.45h – Momento de Animação / Pausa para café

16.00h – Painel III – “Da Ideia ao Projecto”
Da idealização à concretização da ideia, existe um caminho que importa explorar e partilhar

17.15h – Momento de Animação / Pausa para café

17.30h – Mesa Redonda – “Animação e Desenvolvimento Local”

Animação Nocturna – “Distúrbios Culturais”, A.E. ESEB


Dia 5 Março

9h – Abertura do Secretariado

9.15h – Painel IV - “Desenvolvimento local, Empreendedorismo e Animação”
Num contexto desafiante à animação, é necessária uma visão estratégica e inovadora

11.45h – Momento de Animação/Pausa para café

12.00h – Mesa Redonda – “Formação de Animadores, contextos e desafios” **

12.00h – Mesa Redonda – “Animação e Formação de Públicos” **

13.30h – Almoço

14.30h – Painel V - “O Associativismo, o Voluntariado, a Acção Social e a Animação”
O que marca a diferença na intervenção é o contexto em que esta é realizada

15.45h – Momento de Animação / Pausa para café

16.00h – Sessão de Encerramento e Conclusões do Colóquio

17.00h – Espectáculo evocativo

“10 Anos do Curso de Animação na Cidade de Beja”


* A aguardar confirmação
**Actividades a decorrer em simultâneo