segunda-feira, 21 de maio de 2012

Lançamento do livro «Animação SocioEducativa e Democracia Participativa»

Animação SocioEducativa e Democracia Participativa é a mais recente obra editada pela Plataforma de Animadores SocioEducativos e Culturais (PASEC), que será lançada no próximo dia, 1 de junho, pelas 21h, no Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão. A apresentação do livro estará a cargo do arq. Armindo Costa, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, e contará com a presença do diretor da Agência Nacional para a Gestão do Programa Europeu «Juventude em Ação», dr. Pompeu Martins.


A PASEC organizou recentemente, e pela quinta vez, o Encontro Europeu de Jovens Animadores, este ano com duas edições, uma em Famalicão e outra na Madeira, esta última, numa parceria com a Associação Insular de Animação Sociocultural (AIASC),  que envolveram mais de 300 jovens animadores e agentes educativas. Na Madeira foi feito o pré-lançamento da obra Animação SocioEducativa e Democracia Participativa. O livro «retrata os meandros da Democracia Participativa (sobretudo no contexto juvenil) e a sua relação com as dinâmicas de Animação SocioEducativa, sendo que são dados exemplos reais e concretos destas mesmas dinâmicas.»

A obra é coordenada pelo mestre Abraão Costa da PASEC e Cooperativa de Ensino Didáxis, e inclui a participação do prof. doutor Fernando Ilídio da Universidade do Minho, a prof. doutora Ana Piedade do Instituto Politécnico de Beja, o prof. Luís Bessa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Albino Viveiros, presidente da Associação Insular de Animação Sociocultural e do mestre Rui Fonte, professor e autor da obra «Formação dos Animadores SocioCulturais», entre outros.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A cultura e o turismo

A relação entre a cultura e o turismo não pode estar restrita ao discurso de circunstância, antes, ela deverá estar alicerçada no desenho de programas de políticas de desenvolvimento económico sustentável nos ativos culturais da região, procurando revelar a riqueza do património cultural imaterial do seu povo. Os paradigmas de desenvolvimento económico em que ainda assenta a ideia de desenvolvimento económico e consequente criação de riqueza é a idealização de um modelo errado, efémero e de curto prazo, retumbando todo o crescimento num enorme vazio.

As políticas para o turismo não poderão estar sustentadas em produtos turísticos que outros destinos concorrentes oferecem a valores low cost. O património cultural imaterial de uma comunidade é um recurso endógeno sustentável que precisa de ser rentabilizado cultural e economicamente. É da cooperação das entidades responsáveis pelas políticas públicas do turismo com o setor privado que deverá emergir uma política comum de valorização das culturas como potencial de crescimento e afirmação de um destino turístico-cultural perspetivado como alavanca para a promoção das economias local e regional. A atual crise económica e financeira é uma janela de oportunidades para valorizarmos a atividade cultural, mas não poderá deixar de sê-lo, quando o país recuperar a sua credibilidade em matéria de disciplina orçamental e retomar o crescimento económico.

Os ativos culturais da região são produtos turísticos pouco rentabilizados do ponto de vista da estratégia de afirmação e consolidação de um turismo cultural capaz de contribuir para o crescimento das microeconomias, com a criação (in)direta de empregos ligados ao setor turístico. Os responsáveis pela administração do território têm que olhar a região como um território cultural, cooperarem no desenvolvimento de uma política de desenvolvimento cujo paradigma não pode estar assente na economia do betão, mas sim, na imaterial, a economia da cultura.

O paradigma do desenvolvimento turístico tem de privilegiar a paisagem cultural, uma riqueza humanizada por séculos de história construída na relação do Homem com a natureza, na sua relação quotidiana com os lugares e na afirmação da memória e identidade coletivas. Hoje precisamos de novos itinerários económicos. A palavra de ordem é planificar outros modelos de desenvolvimento que calcorreiem os nossos itinerários socioculturais, um trabalho cooperativo do setor público e do privado. O setor cultural tem um valor económico significativo e esse dado deve impulsionar-nos para que a planificação de uma política de turismo cultural valorizadora das valores comunitários e do património cultural imaterial, e não apenas, um turismo de sol e praia.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

«A Animação Sociocultural como Resposta à Crise»

O Encontro Europeu de Jovens Animadores (ENEJA) que se realizou na Madeira, nos dias 26, 27 e 28 de abril, numa organização da PASEC – Plataforma de Animadores SocioEducativos e Culturais, AIASC – Associação Insular de Animação Sociocultural, Escola Profissional Atlântico, Escola Profissional CIOR e da cooperativa social italiana TOTEM foi um espaço de participação ativa de animadores e estudantes dos cursos profissionais Animador Sociocultural, Técnico de Apoio Psicossocial e da licenciatura em Ciências da Educação sobre temáticas que precisam de ser exercitadas pela reflexão e discussão coletiva a partir das realidades concretas do quotidiano das comunidades locais.

A «Animação SocioCultural e Democracia Participativa», «Animação SocioCultural e Insucesso Escolar» e «Animação SocioCultural e as Ultraperiferias» foram conferências dinamizadas pelos jovens animadores. Uma palavra de estímulo às animadoras insulares que prestaram a sua colaboração para a temática da animação e ultraperiferias possibilitando a partilha de inquietações e de desafios permanentes que em última análise, também poderão ser um contributo da animação sociocultural como resposta à crise de valores democráticos, das micro economias, do humanismo e da participação. A animação territorial esteve em foco na conferência da Prof. Doutora Ana Piedade, docente no Instituto Politécnico de Beja, instituição onde exerce funções diretivas na licenciatura em Animação Sociocultural. Apenas salientar que a participação da Prof. Ana Piedade no ENEJA aconteceu ao abrigo do protocolo de cooperação entre o Instituto Politécnico e a AIASC.

O Encontro Europeu de Jovens Animadores teve como objetivo discutir e divulgar a animação sociocultural e educativa no contexto europeu, dando voz às dezenas de projetos de animação em Portugal, com especial incidência para os realizados por jovens animadores. O ENEJA promoveu o protagonismo dos jovens animadores porque são eles os dinamizadores do processo, ou seja, foram os responsáveis pela dinamização das conferências, de parte dos workshop’s e da noite intercultural. Neste encontro os investigadores e académicos foram espetadores atentos e críticos. Foi uma iniciativa de jovens animadores para animadores e para outros profissionais das ciências da educação e das ciências sociais.