quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Curso Online "Desenvolvimento e Avaliação de Programas de Animação Sociocultural"

A Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural (RIA) está a organizar um curso online sobre o Desenvolvimento e Avaliação de Programas de Animação Sociocultural.

O curso decorrerá entre Abril e Julho de 2007. O valor da inscrição é de 50 euros para sócios da RIA e de 70 euros para não-sócios. As inscrições estarão abertas a partir de 5 de Março.

Este curso tem por objectivo dotar os formandos dos fundamentos teóricos, históricos, profissionais e metodológicos da Animação Sociocultural, concebida numa dupla dimensão: A vertical como um dos âmbitos fundamentais da intervenção socioeducativa e transversal como um dos modelos de intervenção mais utilizados nos seus diferentes âmbitos.

O curso é composto pelos seguintes módulos:

1º Módulo: Animação sociocultural e educação social
2º Módulo: A Animação e seus agentes
3º Módulo: Âmbitos e espaços. Desenvolvimento Comunitário e organização da comunidade
4º Módulo: Análise e conhecimento do meio
5º Módulo: Planificação e Programação
6º Módulo: Intervenção, acompanhamento e participação
7º Módulo: Avaliação da Animação Sociocultural
8º Módulo: Experiências de Animação Sociocultural

Para mais informações: http://www.rianimacion.org

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Programa "Todos Diferentes, Todos Iguais"

O Programa "Todos Diferentes, Todos Iguais" (TDTI) foi criado pela Portaria n.º 111/2007 de 24 de Janeiro, e tem como objectivo promover um debate participado sobre os direitos humanos, promover e celebrar a diversidade.

Algumas das áreas de intervenção, de acordo com o Artigo 2.º do Programa com especial interesse para os Animadores são:

d) Animação sócio-cultural que tenha em vista a promoção da inter-relação étnico-cultural;

f) Apoio a acções de formação para a cidadania e os direitos humanos;

i) Acções de educação para a cidadania, em contexto escolar ou outro, na área da educação não formal.

As associações juvenis, grupos informais de jovens e entidades privadas sem fins lucrativos são as entidades que se podem candidatar ao Programa TDTI. Esta é uma oportunidade para um maior investimento público no apoio ao movimento associativo e uma resposta por parte deste à sociedade civil em matéria de participação social.

O Programa TDTI é a oportunidade de operacionalizar projectos de Animação Sociocultural no domínio de acções que visem a integração social e de educação para a diversidade cultural, um trabalho a desenvolver com a população juvenil no âmbito das práticas de educação não formal e na integração de populações vulneráveis na dinâmica social local.

Na minha óptica este programa é uma excelente oportunidade para a promoção de uma cidadania de inclusão. Portugal é um país de acolhimento há várias décadas, mas, ainda há muito a fazer. O acto de acolher implica o desenvolvimento de acções que possibilitem a igualdade de oportunidades no acesso à cultura, à educação, à política e à habitação.

As autarquias através dos seus serviços de cultura, educação e juventude devem possibilitar um maior apoio à intervenção das associações locais, e operacionalizar projectos de Animação Sociocultural com o movimento associativo e as instituições educativas em matéria de cidadania participativa visando todas os grupos sociais.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Oferta de cursos de Animação em Portugal

É com especial atenção que tenho seguido de perto os contributos deixados no forum da Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural (RIA) de forma premente, os comentários e reflexões de Animadores e outros profissionais da área das ciências sociais e humanas, contributos que têm expressado preocupações válidas relativamente à Animação Sociocultural de forma especial, à Animação em Portugal.

A preocupação que expresso neste espaço de partilha, refere-se aos dados relativos ao número de cursos de Animação que são lecionados em Portugal, dados apontados por José Vieira no Forum da RIA e que passo a transcrever:

As designações destas formações são as que a seguir se apresentam:

- Animação Cultural – 2 cursos
-Animação Cultural e Educação Comunitária – 2 cursos
- Animação e Produção Artística – 3 cursos
- Animação Educativa e Sociocultural – 2 cursos
- Animação Sociocultural (Animação Sócio-Cultural e Animador(es) Sociocultural(is)) – 19 cursos
- Animação Socioeducativa – 2 cursos
- Educação Física e Animação Social – 2 cursos
- Gestão do Lazer e Animação Turística – 1 curso
- Estudos da Criança (Especialização em Associativismo e Animação Sócio-Cultural) – 1 curso

Acrescento a estes dados:

- Curso de Especialização em Animação e Mediação Cultural - 1 curso (leccionado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto)

O número de cursos de ASC e a diversidade de nomenclaturas revelam a desorganização e desentendimento dos responsáveis políticos pela coordenação do Ensino Superior em Portugal e a teimosia dos Órgãos Directivos das Escolas Superiores de Educação e outras instituições de Ensino Superior que coordenam os cursos de Animação em leccionarem o curso. Esta realidade coloca a nú a irresponsabilidade de quem tem o dever de assegurar que o futuro dos estudantes dos cursos de Animação não passe eternamente pela base de dados dos Institutos de Emprego, nem pelo exercício de uma qualquer profissão estranha à sua formação académica.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Orgânica do SRPT contempla figura de Animador Social

O Decreto Regulamentar Regional n.º 4/2007/M altera a orgânica do Serviço Regional de Prevenção da Toxicodependência (SRPT), órgão da Secretaria Regional dos Assuntos Socias da Região Autónoma da Madeira.

Este órgão regional tem como missão coordenar e executar as medidas e políticas relativas à problemática da toxicodependência, bem como dinamizar e proceder ao acompanhamento da execução do Plano Regional de Luta contra a Droga e a Toxicodependência.

De acordo com a nova orgânica, o quadro de pessoal da SRPT contempla a figura de Animador Social integrado no grupo de pessoal técnico-profissional da carreira Técnico-profissional.

Considero a restruturação orgânica de um serviço público regional, um passo importante para os Animadores e a Animação; no sentido de que é com pequenas acções do ponto de vista do quadro administrativo, que possibilitarão uma maior intervenção e reconhecimento da figura do Animador Sociocultural, social, juvenil ou educativo. Independentemente da sua nomenclatura o Animador começa a conquistar pequenos espaços de intervenção que outrora lhes era vedado por outros profissionais.

Desta feita, o Animador aparece integrado numa equipa multidisciplinar responsável pelo desenvolvimento de projectos no âmbito da prevenção das toxicodependências.

Estou convicto que esta medida é uma alavanca para o desenrolar de um processo de acreditação da figura do Animador Sociocultural na Região Autónoma da Madeira. Ventos favoráveis à Animação Sociocultural no contexto insular fazem-se sentir.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Democratização Cultural versus Elitismo

Recentemente o Diário de Notícias da Madeira publicou um artigo que abordava o "problema" do livre acesso dos cidadãos à cultura.

O artigo exponha uma "tese" que defendia que as pessoas devem pagar para aceder a um qualquer evento cultural. A ideia exposta no aludido artigo é defendida em consequência dos recentes cortes orçamentais com imediatas repercusões no apoio às instituições culturais da Região Autónoma da Madeira.

Enquanto Animador Sociocultural expresso o meu desacordo face ao argumento apresentado. O cenário - pagar para poder aceder à cultura, agravaria o fosso cultural entre as comunidades rurais e urbanas.

No meio citadino, as probabilidades dos cidadãos poderem pagar para aceder às iniciativas socioculturais estarão com certeza situadas na classe média e média alta. E os outros cidadãos? Serão estrangeiros dentro da sua própria terra?

No meio rural o acesso às iniciativas socioculturais serão com certeza um previlégio de alguns. E a restante população, que na sua maioria são pessoas de fracos recursos económicos, baixo nível de escolaridade e para quem a cultura é qualquer coisa alheia à sua vida e aos problemas que enfrentam diariamente.

É mais sensato, as instituições educativas, culturais, autarquias e o movimento associativo discutirem métodos e modelos de desenvolvimento de projectos que visem educar os cidadãos para o usufruto e participação na cultura e não procurar concreterizar o efeito contrário.

A Região Autónoma da Madeira tem uma rede de equipamentos culturais que deve ser valorizada e rentabilizada por todos os agentes culturais. Uma rede que possibilita uma política de desenvolvimento cultural assente na democracia da cultura, na participação dos jovens na vida cultural das colectividades locais, fomentar e patrocinar as iniciativas culturais de vocação local.

Pagar para aceder à cultura é fomentar a exclusão social, é patrocinar o elitismo cultural, é preciso encontrar alternativas nas parcerias com as autarquias, no mecenato cultural e nos projectos desenvolvidos pelas associações.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Animador Sociocultural Profissional ou Voluntário

O Forum da RIA - Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural tem marcado o debate sobre a Animação Sociocultural entre académicos e profissionais de Animação Sociocultural.

Diariamente surgem novos comentários que expressam a multiplicidade de definições e preocupações acerca da prática da Animação com as comunidades. Do debate que se está desenrolando e porque parece-me oportuno contribuir para a reflexão sobre a Animação Sociocultural, em particular sobre o profissionalismo ou voluntariado em Animação, aqui fica o registo da minha modesta opinião sobre esta matéria.

Animador Sociocultural profissional e voluntário são faces diferentes da mesma moeda. Em Portugal são dezenas de escolas do ensino profissional que leccionam o curso de Animador Sociocultural, no ensino superior a realidade não é diferente. Sobre esta realidade não podemos procurar razões materiais alheias a nós próprios para o facto, das instituições que empregam profissionais que não tendo qualificações académicas para o exercício da Animação Sociocultural estejam exercendo-a.

Parece-me que o debate tem que ser alargado a outras causas, há ausência do Estatuto do Animador Sociocultural. Um Estatuto que regulamente a carreira profissional e o código deontológico do Animador Sociocultural.

Ironizando um pouco, estou convencido de que os Animadores não têm habilitações académicas para exercer funções de médico, arquitecto ou agente de segurança, mas de uma coisa tenho a certeza, têm formação académica para o exercício da prática da Animação Sociocultural.

O voluntariado é a chave para o trilhar de caminhos em Animação Sociocultural de forma mais incisiva no associativismo.

O voluntariado existe porque as pessoas que o corporizam, independentemente de serem Animadores ou não, praticam-no porque acreditam nos projectos associativos, acreditam que é na mobilização dos grupos assentes na participação que podem mudar a realidade em favor da comunidade e sendo ela a protagonista.

Não é o facto de ser renumerado pelo desempenho profissional enquanto Animador Sociocultural que faz de mim, um profissional nestas coisas da Animação. Estou envolvido no movimento associativo de forma voluntária e sinto-me Animador Sociocultural de igual forma. O associativismo vive do voluntariado e penso que Animação Sociocultural e associativismo são duas realidades paralelas que se fundem nos mais variados momentos, em especial quando os Animadores Socioculturais encontram caminhos para a promoção e dinamização da participação dos colectivos na vida comunitária.

As associações de base voluntária são verdadeiras pólos de Animação Sociocultural.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Município da Cultura da Região Autónoma da Madeira

O projecto "Município da Cultura da Região Autónoma da Madeira" foi criado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 5/2007/M.

"Município da Cultura" é um título atribuído pelo Governo Regional mediante candidatura e visa distinguir em cada ano, um município da Região Autónoma da Madeira no quadro de referência da Cultura.

As grandes linhas orientadoras desta iniciativa legislativa são a promoção e efectiva descentralização cultural, a qual proporcionará a dinamização e a formação de outros pólos culturais no território regional. O contributo para a salvaguarda das expressões culturais locais e regionais visando o fortalecimento das raízes da cultura insular e a pontencialização das entidades associativas culturais para uma maior intervenção participativa no território local, são em traços gerais, os objectivos que vigoram no projecto "Município daCultura".

Que lugar para a Animação Sociocultural?

Um território em que os projectos no domínio da Animação Sociocultural são muito localizados e com maior incidência nos pólos urbanos, o projecto "Município da Cultura" é na minha opinião uma oportunidade efectiva para a descentralização e democracia culturais, para uma mobilização das estruturas associativas e das instituições educativas, a par da concreterização de iniciativas que enquadradas nos diferentes domínios do projecto em análise são uma oportunidade para o desenvolvimento de projectos de Animação Sociocultural nos seus diferentes âmbitos de acção e com grupos sociais diferenciados.

Uma referência aos vectores que podem ser apresentadas acções de acordo com o Art. 5º do Decreto Legislativo.

a) Património;
b) Criação artística e actividades e espectáculos culturais;
c) Formação;
d) Divulgação;
e) Valorização cultural

Estes domínios de intervenção são vastos e abertos à criatividade de agentes culturais, mormente, Animadores Socioculturais. É uma oportunidade real para o desenvolvimento de uma verdadeira política cultural e para um programa de desenvolvimento sociocultural integrado que envolvas as populações na dinâmica cultural do território.

Deixo aqui um breve apontamento sobre as oportunidadse que vão nascendo no território insular e que percepciono como oportunidades para a afirmação da Animação Sociocultural em âmbitos e estruturas priveligiadas para o desenvolvimento da Animação com a participação das comunidades.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Culturede

O Projecto Culturede - A Cultura da Madeira na Rede Digital, é uma iniciativa da Direcção Regional de Assuntos Culturais, que tem como objectivos:

- Promover o património e a cultura da Região Autónoma da Madeira;

- Combater a info-exclusão das entidades culturais da Madeira e aumentar a produção de conteúdos sobre a cultura madeirense na internet.

No portal da Culturede (www.culturede.com) cada entidade cultural tem uma área própria, embora uniformizada.

Este projecto permite agregar as entidades culturais da Região, através da criação de uma base de dados, a qual permite às instituições socioculturais registarem-se online.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

"De que falamos quando falamos de Animação Sociocultural?"


Este é o 1º fórum electrónico de Animação Sociocultural promovido pela RIA - Rede Iberoamerica de Animação Sociocultural. Ele decorrerá entre os dias 12 de Fevereiro e 2 de Março.

Este espaço virtual de debate em torno da Animação é um convite à participação de todos. Nas palavras do Presidente da RIA, o fórum é um "primeiro passo para posteriores debates que comecem a estruturar as bases do nosso conhecimento e da nossa acção sociocultural em todos e em cada um dos espaços temáticos e geográficos que fazem parte da nossa ampla comunidade iberoamericana".
Que devo fazer para opiniar/participar?
Aqueles que possuem um espírito inconformista e participativo devem aceder ao fórum em http://www.secnetpro.com/fororia e seguir as indicações, desta forma auto-publica as suas contribuições, sem necessidade de remeter e-mail aos moderadores. Outra forma é remeter as suas contribuições aos moderadores para que estes as publiquem no sítio do fórum no mesmo dia.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

A Animação Sociocultural. Uma perspectiva a partir da Ilha

A dinamização de um blog é para mim, uma aventura. Procurarei conquistar um espaço de diálogo para que comecemos a falar da Animação Sociocultural nas Ilhas, especial referência, à Região Autónoma da Madeira.

Proponho debater de forma clara uma panóplia de problemáticas inerentes à Animação Sociocultural e ao exercício da profissão de Animador, partindo do contexto regional.

Acredito que este espaço virtual será um fórum agregador de ideias, propostas, criticas e de esperança para a compreensão do conceito polissémico de Animação Sociocultural.

Procuraremos discutir a Animação, a acção cultural, a educação e o social, a participação cidadã e toda uma realidade que quotidianamente contribui para a formação de novos âmbitos de intervenção sociocultural, a partir da perspectiva do Animador Sociocultural.

Convido todos aqueles que certamente partilham uma visão global desde a realidade local do que é, e deverá ser a Animação Sociocultural e o papel a desempenhar pelo Animador.

Construamos juntos o caminho...

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Bem-vindos

Este blog, o primeiro que aborda a Animação Sociocultural no contexto insular, especial referência para a prática da Animação na Região Autónoma da Madeira.

Este espaço virtual pretende ser um fórum de discussão aberto a todos aqueles que de alguma forma sentem e exercem a Animação Sociocultural.

Este blog está aberto à participação de todos. Sejam bem-vindos!