quarta-feira, 30 de abril de 2008

Recepção de colaborações para a Revista "Práticas de Animação"

A revista "Práticas de Animação" é uma publicação on-line de periodicidade anual editada pela Delegação Regional da Madeira da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural, que reúne artigos de opinião, estudos, divulgação de projectos e outras rubricas que consideramos de interesse e que se enquadram no espírito da publicação, respeitando sempre os objectivos definidos.

O próximo número da revista será editado em Novembro de 2008, pois, o espaço temporal é suficiente para que nos animemos a participar neste projecto que entendemos ser dos Animadores e para os Animadores. «Estamos certos de que é possível fazer mais e melhor com a participação de muitos outros, e é neste "balão" de esperança que a todos convidamos a contribuirem para um projecto que não é apenas da Delegação Regional da Madeira da APDASC, é de todos aqueles que acreditam na Animação.»

Os interessados em colaborar podem consultar as normas de colaboração no sítio da revista ou em alternativa contactar-nos através do e-mail revistapraticasdeanimacao@gmail.com

Relembramos os objectivos que orientam o projecto Revista "Práticas de Animação":

- Divulgação da Animação Sociocultural através das suas diversas práticas educativas e culturais;
- Contribuir para a construção de um espaço alargado de debate e reflexão sobre a Animação em Portugal;
- Possibilitar que Animadores e outros profissionais possam contribuir para a afirmação de novos projectos associativos no âmbito das práticas de Animação Sociocultural;
- Reunir ideias e opiniões sobre teorias e práticas da Animação Sociocultural;
- Estimular os animadores a participar activamente num projecto colectivo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A Animação Sociocultural enquanto Causa Pública

Partindo da ideia de causa pública defendida pelo Prof. Doutor Avelino Bento arrisco-me a generalizar o seu campo de acção que de alguma forma se enquadra no debate que temos vindo a assumir acerca da Animação Sociocultural. Entendo que devemos assumir a problemática da Animação Sociocultural enquanto causa pública. A nossa reflexão deverá estar alicerçada nos valores democráticos e morais implicítos ao conceito de causa pública e consequentemente, aos da Animação.

A Animação Sociocultural pode contribuir para a democracia e esta para a Animação. Este é um dos paradigmas que alimenta o discurso sobre aquele que deverá ser um verdadeiro processo de Animação sustentado na ideia da participação dos colectivos, contrariando assim, um modelo institucional imposto.

Entender a Animação Sociocultural enquanto causa pública é defender os interesses socioprofissionais dos Animadores trabalhando continuamente para o bem-estar colectivo. É acreditar na mudança social que acontecerá a partir de um dos valores supremos da democracia - a justiça social - um paradigma que tem que conquistar o vigor necessário para que possamos acreditar na democracia.

A Animação Sociocultural não pode ser sinónimo de lobby onde os interesses cooperativistas têm primazia sobre o interesse colectivo dos Animadores Socioculturais. A defesa dos processos de Animação não se podem traduzir na imposição de práticas de Animação contra-natura; na hipocrisia das palavras que alimentam discursos vazios de sentimento e na falsa busca da justiça social e na luta que desejamos que todos os Animadores (sem exclusão de partes) se envolvam activamente.

Assistimos hoje a uma exclusão sectorial premeditada que está originando a criação de um fosso entre o Norte e o Sul, uma tentativa de centralização regional/local da reflexão sobre a Animação Sociocultural e a falsidade no discurso sobre a problemática da Animação Sociocultural e dos Animadores. A insularidade não pode ser argumento para promover processos de exclusão de Animadores de grupos de trabalho, de inferiorização das ideias, dos projectos e dos processos defendidos. Ela deverá motivar a inclusão, pois, é na diversidade que está a riqueza do debate e das ideias. Esta é uma das dimensões que deve ser defendida no paradima da Animação Sociocultural.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Notas sobre o I Congresso Internacional "A Animação Sociocultural e os Desafios do Século XXI"

Ponte de Lima acolheu entre os dias 17 a 19 de Abril, o I Congresso Internacional "Animação Sociocultural e os Desafios para o Século XXI". É no contexto da realização deste congresso que tecerei alguns comentários acerca dos conteúdos temáticos e a sua dinâmica no decorrer deste evento dedicado em exclusivo à Animação Sociocultural.

Congratulo-me por algumas comunicações abordarem alguns temas que em tempo oportuno divulguei no post "Novos temas de reflexão-acção que se cruzam com a Animação Sociocultural" e que fiz saber junto de um dos membros da Comissão Executiva do congresso, pois, parece-me fundamental abordar tais questões na perspectiva dos desafios que se colocam à acção dos Animadores Socioculturais.

Numa perspectiva muito pessoal e numa visão global do congresso, saliento pela pertinência da matéria, pela abordagem global e modo de reflexão expositiva as comunicações: "A Animação Sociocultural e a Gestão Cultural: opções necessárias e complementares na acção local" pelo Prof. Doutor Hector Pose; "A Ciberanimação" reflectida pelo Prof. Doutor Mário Viché; "A Animação Sociocultural no Contexto da Globalização" da autoria do Prof. Doutor Américo Nunes Peres, e ainda, pelo profundo humanismo explicito na comunicação "Animação e Cooperação para o Desenvolvimento: alguns pontos de reflexão a partir de alguns contextos em África" pelo Prof. Doutor Júlio Pedrosa e "A Animação Sociocultural e as transformações no Mundo do trabalho" da responsabilidade do Prof. Doutor Fernando Ilídio Ferreira.

Não posso deixar de tecer alguns comentários sobre as Mesas Redondas. Primeiro, a Mesa 1 "A Formação Superior em Animação Sociocultural e Áreas Afins" que do meu ponto foi um momento para publicitar os respectivos cursos de Animação e não para debater o essencial dos temas propostos. Esta mesa redonda apenas serviu para se discutir uma infíma parte de matérias que deveriam acontecer na Mesa 3 "Os Animadores Socioculturais: Função e Profissão". Lamentavelmente, os convidados da Mesa 1 não tiveram a capacidade metedológica de contornar a situação, de expor as ideias acerca dos pontos agendados para debate, de suscitar a participação dos congressistas, enfim, uma vez mais, ficou-se pelo ponto de partida.

Uma palavra acerca da Mesa 3 que alinhou pela batuta da Mesa 1. Infelizmente os coordenadores da mesa (com excepção de um dos membros, o qual não vive quotidianamente a problemática implícita à profissão de Animador Sociocultural) não foram capazes de provocar o debate acerca dos temas propostos, ficou-se por um troca de ideias avulsas e vazias de conteúdo, um debate que em nada contribuiu para lançar pistas, fazer sugestões acerca das linhas de acção a seguir pelas associações que representam os Animadores Socioculturais em Portugal. Houve a oportunidade de ouvir os Animadores, de suscitar um debate aberto e provocador de ideias que contribuam para o início de uma mudança socioprofissional da "classe". Não soubemos aproveitar essa preciosa oportunidade. Enfim, o costume...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Censo Nacional sobre a empregabilidade de Animadores

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC) está a realizar um censo sobre a empregabilidade no domínio da Animação. Os dados serão tratados com confidencialidade e destinam-se apenas a servir o prepósito do estudo.

O referido estudo estatístico tem como destinatários, os Animadores que já terminaram o bacharelato ou a licenciatura num dos seguintes cursos:

- Animação Sociocultural;
- Animação e intervenção sociocultural;
- Animação Cultural e Educação Comunitária;
- Animação Socioeducativa;
- Animação Cultural;
- Animação Educativa e Sociocultural;
- Animação Artística;
- Animação Turística.

Para aceder ao censo nacional, clique aqui.

sábado, 12 de abril de 2008

Jornadas de Animação Turística

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) será palco das Jornadas de Animação Turística - ESHTE, um evento organizado por um grupo de alunos finalistas da licenciatura em Gestão do Lazer e Animação Turística e pela ESHTE, no dia 9 de Maio de 2008.

As Jornadas pretendem contribuir para o desenvolvimento da área de animação turística, “cada vez mais importante para o sector do Turismo em Portugal”. A Organização convidou um painel de conferencistas ligados a diversas áreas da Animação Turística em Portugal com o objectivo de sensibilizar os vários "stakeholders" para a importância deste sector no nosso País.

O evento, aberto a todos os estudantes e profissionais de turismo, pretende ser “um espaço privilegiado de contactos e de aprofundamento das relações”, entre os futuros profissionais dos vários cursos e as entidades, funcionando também como um veículo de promoção “para todas as entidades que partilhem da consciência do que é, e do que representa o turismo no mundo”.

Para mais informações e inscrição nas Jornadas, clique aqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Delegação do Sul da APDASC (pedido de sugestões/ divulgação de iniciativas)

A pedido da Delegação do Sul da APDASC, divulga-se as seguintes informações:


Sugestões para actividades/workshops de Animação Sociocultural

A Delegação Sul da APDASC, solicita a todos os animadores (sócios e não-sócios da APDASC e, particularmente aos Animadores das regiões de Beja, Évora e Faro), o envio de sugestões acerca de actividades/ workshops/ cursos de curta duração ou outros, em que gostariam de participar, de forma a adquirirem/aprofundarem conhecimentos.


Bolsa de Formadores de Animação Sociocultural

No intuito de se criar uma Bolsa de Formadores de Animação Socicocultural, a Delegação Sul da APDASC, solicita a todos os animadores que se encontram em situação de Desemprego, (especialmente aos das regiões de Beja, Évora e Faro), o envio de informações acerca de: dados pessoais, comprovativo de CAP, área de interesse de formação, zona geográfica preferencial para formação, e outras demais informações que acharem pertinente.

As informações solicitadas deverão ser enviadas para o o e-mail da Delegação do Sul: del.sul@apdasc.com

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Equipamentos Socioculturais e Educação. Uma relação de proximidade

Os equipamentos socioculturais independentemente da sua vocação artística, são espaços potencializadores da cultura, de práticas de educação não formal e equipamentos privilegiados para o exercício da Animação Sociocultural. Falamos de uma cultura que deverá ser construída com a participação dos actores sociais, de práticas educativas sustentadas no binómio cultura/educação, uma relação de proximidade e de "transformação" do Homem. Um projecto global entre a escola e os serviços educativos dos equipamentos culturais.

Não podemos intervir na realidade social de forma isolada, não podemos construímos uma cidadania alimentada pelo vazio cultural, pelo contrário, a cidadania constrói-se com um projecto de pedagogia cultural.

Os serviços socioculturais autárquicos têm uma responsabilidade acrescida no que respeita à intervenção cultural no âmbito local, ela não se esgota nos projectos culturais autárquicos. Hoje é fundamental um trabalho de parceria, um projecto de cidadania cultural, uma cidadania sustentada num diálogo entre cultura e educação, ou seja, um trabalho coerente entre os serviços autárquicos, alguns deles com funções de gestão dos equipamentos culturais e os projectos educativos que se desenvolvem no seio escolar.

Os equipamentos socioculturais têm uma função pedagógica fundamental na construção das identidades, na afirmação da cultura e na democracia das práticas culturais dos grupos sociais. Os Animadores Socioculturais que exercem funções no âmbito das instituições educativas e nos serviços culturais autárquicos têm que desenvolver um processo contínuo de sensibilização dos actores sociais para a importância da função social de uma pedagogia cultural. Este é um dos desafios que se colocam à Animação Sociocultural no âmbito local, as respostas à realidade social têm que nascer da cidadania cultural.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A Animação Sociocultural em debate na Região Autónoma da Madeira

O debate e reflexão sobre a prática da Animação Sociocultural devem acontecer em momentos específicos, ao que podemos chamar de “aula magna” dos Animadores – os encontros de Animação Sociocultural que desejamos implementar no espaço insular madeirense, são a prova desse desejo.

Nesta linha de acção associativa a Delegação Regional da Madeira da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC) organizará o II Encontro Regional de Animação Sociocultural da Madeira - “A Animação Sociocultural e os Grupos Sociais”, no dia 07 de Novembro de 2008, no Museu de Electricidade – Casa da Luz.

Este espaço formativo de Animação tem como propósito promover uma área profissional em expansão na Região, possibilitando aos Animadores Socioculturais um espaço colectivo de debate de ideias, conceitos e práticas socioculturais transversais às modalidades da Animação – cultural, social e educativa.

terça-feira, 1 de abril de 2008

A Animação na Acção Social da Igreja

A Animação, praxis de intervenção com os diferentes grupos sociais tem ganho uma amplitude de entendimento conceptual e de acção comunitária, uma resposta que não se circunscreve apenas a um reduzido número de instituições que a julgar pelo seu objecto social têm uma vinculação directa e privilegiada com a Animação Sociocultural, mas, hoje há uma abertura e consciência social da Instituição Igreja para o papel da Animação.

Neste sentido, a Conferência Episcopal Portuguesa faz uma alusão clara à Animação, no n.º 31 da Instrução Pastoral "A Acção Social da Igreja" (1997), defendendo que a Animação consiste na consciência dos problemas sociais, à luz da Doutrina Social da Igreja, e na motivação para o desenvolvimento de actividades consequentes.

A mesma Instrução Pastoral alerta para que a Cáritas "exerça o seu papel na animação da pastoral social, contribuindo, em especial, para o conhecimento dos problemas e a sua leitura à luz da doutrina social da Igreja; o apoio à criação e funcionamento de serviços paroquiais de acção social; a intervenção social, com empenhamento directo na prevenção e solução dos problemas; o contributo possível para a transformação social em profundidade, nomeadamente no domínio das relações sociais, dos valores e do ambiente, em ordem ao desenvolvimento solidário; a formação de agentes..." (n.º 31 da Instrução Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a Acção Social da Igreja).

A sociedade actual precisa de Animadores Socioculturais comprometidos com a cultura dos valores, da justiça social, do compromisso com o desenvolvimento sociocomunitário, enfim, de Animadores carregados de humanismo.