Ponte de Lima acolheu entre os dias 17 a 19 de Abril, o I Congresso Internacional "Animação Sociocultural e os Desafios para o Século XXI". É no contexto da realização deste congresso que tecerei alguns comentários acerca dos conteúdos temáticos e a sua dinâmica no decorrer deste evento dedicado em exclusivo à Animação Sociocultural.
Congratulo-me por algumas comunicações abordarem alguns temas que em tempo oportuno divulguei no post "Novos temas de reflexão-acção que se cruzam com a Animação Sociocultural" e que fiz saber junto de um dos membros da Comissão Executiva do congresso, pois, parece-me fundamental abordar tais questões na perspectiva dos desafios que se colocam à acção dos Animadores Socioculturais.
Numa perspectiva muito pessoal e numa visão global do congresso, saliento pela pertinência da matéria, pela abordagem global e modo de reflexão expositiva as comunicações: "A Animação Sociocultural e a Gestão Cultural: opções necessárias e complementares na acção local" pelo Prof. Doutor Hector Pose; "A Ciberanimação" reflectida pelo Prof. Doutor Mário Viché; "A Animação Sociocultural no Contexto da Globalização" da autoria do Prof. Doutor Américo Nunes Peres, e ainda, pelo profundo humanismo explicito na comunicação "Animação e Cooperação para o Desenvolvimento: alguns pontos de reflexão a partir de alguns contextos em África" pelo Prof. Doutor Júlio Pedrosa e "A Animação Sociocultural e as transformações no Mundo do trabalho" da responsabilidade do Prof. Doutor Fernando Ilídio Ferreira.
Não posso deixar de tecer alguns comentários sobre as Mesas Redondas. Primeiro, a Mesa 1 "A Formação Superior em Animação Sociocultural e Áreas Afins" que do meu ponto foi um momento para publicitar os respectivos cursos de Animação e não para debater o essencial dos temas propostos. Esta mesa redonda apenas serviu para se discutir uma infíma parte de matérias que deveriam acontecer na Mesa 3 "Os Animadores Socioculturais: Função e Profissão". Lamentavelmente, os convidados da Mesa 1 não tiveram a capacidade metedológica de contornar a situação, de expor as ideias acerca dos pontos agendados para debate, de suscitar a participação dos congressistas, enfim, uma vez mais, ficou-se pelo ponto de partida.
Uma palavra acerca da Mesa 3 que alinhou pela batuta da Mesa 1. Infelizmente os coordenadores da mesa (com excepção de um dos membros, o qual não vive quotidianamente a problemática implícita à profissão de Animador Sociocultural) não foram capazes de provocar o debate acerca dos temas propostos, ficou-se por um troca de ideias avulsas e vazias de conteúdo, um debate que em nada contribuiu para lançar pistas, fazer sugestões acerca das linhas de acção a seguir pelas associações que representam os Animadores Socioculturais em Portugal. Houve a oportunidade de ouvir os Animadores, de suscitar um debate aberto e provocador de ideias que contribuam para o início de uma mudança socioprofissional da "classe". Não soubemos aproveitar essa preciosa oportunidade. Enfim, o costume...
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