O Diário Digital no passado dia 26 de Junho, noticiou que o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa enviaram aos candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, um manifesto que resultou do "diagnóstico" feito pelo próprio sindicato, em que apontam uma série de problemáticas na rede escolar do ensino básico da capital.
Uma das lacunas sentidas é a falta de Animadores Culturais e Sociais e a potencial realização de actividades com entidades exteriores à escola. Na minha opinião, está é sem dúvida uma problemática emergente no seio das instituições de ensino em Portugal.
O Despacho Conjunto n.º 942/99 do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social preconiza o Programa Educação/Emprego. Este programa de acordo com o artigo 2º, alíneas a) e b) visa o desenvolvimento de actividades de animação escolar orientada para a ocupação e valorização dos tempos livres dos jovens e crianças dos ensinos básico e secundário e da educação pré-escolar, possibilitando-lhes o acesso a novos conhecimentos e interesses que ajudem a revelar melhor as suas capacidade e a mediação cultural orientada para a integração social de jovens e crianças pertencentes a grupos de minorias étnicas que frequentem os ensinos básico e secundário e a educação pré-escolar.
De acordo com o presente diploma legislativo os monitores das actividades de animação devem ser agentes formados em Animação Sociocultural, oriundos das escolas profissionais ou do curso tecnológico de Animação Social.
Hoje, infelizmente, alguns dos Animadores a exercerem funções nas escolas são pessoas com formação antagónica à recomendada pelo Despacho Conjunto n.º 942/99.
Na Região Autónoma da Madeira, a Secretaria Regional de Educação, promoveu um curso de especialização em Animação Sociocultural de Bibliotecas com o objectivo de colmatar a falta de técnicos nas bibliotecas das Escolas Básicas do 1º Ciclo. Esta medida permitiu reduzir o número de licenciados em Línguas e Literaturas do ramo científico que se encontravam desempregados.
E os Animadores Socioculturais que todos os anos ingrossam as fileiras nos centros de emprego à procura da primeira oportunidade, que resposta o Governo tem para eles?
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