Há âmbitos de intervenção a partir dos quais é possível intervir desde os paradigmas da Animação Sociocultural, os quais, por razões de obsorvência de um maior número de Animadores não aniquila os espaços de intervenção desde a Animação Sociocultural. Tem um efeito multiplicador, ou seja, expande-os e proporciona aos agentes sociais múltiplas possibilidades de acção. Um desses contextos intitucionais é o âmbito autárquico.
Refiro-me em especial a esta complexa estrutura organizacional, porque, no campo de intervenção do Animador e ao nível do contexto territorial local tem suscitado a reflexão e o debate, talvez em monólogo, acerca do papel de Animador Sociocultural no âmbito municipal ou será do Gestor Cultural?
As grandes questões acerca dos campos de intervenção do Animador merecem uma reflexão profunda desde os contextos de formação académica. Defendo a ideia de aproximação da realidade socioprofissional dos Animadores com as imensas ofertas de formação académica no quadro da Animação. Hoje, no domínio de intervenção das autarquias no campo cultural, áreas como a Gestão Cultural cruzam-se com o exercício da Animação Sociocultural.
Há novas realidades locais às quais não podemos ser indiferentes, e perante as quais no processo de intervenção, não podemos abandonar o enquadramento metodológico da Animação Sociocultural.
O desafio está em rever conceitos e métodos de intervenção, adequá-los às realidades locais actuais, enfim, fabricar uma simbiose de acção desde a prespectiva da Animação Sociocultural. É um trabalho de cada Animador, daqueles que acreditam que é possível fazer Animação com as comunidades locais, mesmo, inseridos no sistema burocrático dos serviços socioculturais e educativos autárquicos.
Não podemos cultivar a ideia e transformá-la na figura em que, o Animador Sociocultural se converteu num Gestor Cultural, pelo contrário, é preciso fundar novos acções e para que isso aconteça, é necessário comungar de outros âmbitos profissionais, pois, as realidades sociais e institucionais assim o exigem.
O desafio está em fazer emergir a figura do Animador Sociocultural em contextos que por forças adversas é diluída num trabalho cultural tecnocrata e de pura gestão. É descobrir e sedimentar novos âmbitos de acção desde a Animação.
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