Vivemos numa era global e consequência disso é a crise financeira e económica que os portugueses e o mundo estão a viver de forma atroz, encontrando um escape social para o problema, na participação mais ou menos activa em efemérides de carácter lúdico como é caso do Carnaval. Um tempo de libertação do espírito, de crítica social e política, de fuga à realidade social.
Face ao contexto social que vivemos é imperioso trabalhar no sentido de encontrar soluções que minimizem o impacto negativo da "ausência de uma peça do puzzle", sendo este, uma realidade que não pode ser menosprezada, nem relegada para um segundo plano da acção governativa, para dar lugar às sucessivas campanhas de propaganda que se tem assistido com maior espectacularização nos últimos tempos.
A verdadeira acção transformadora das realidades locais que no seu conjunto é nacional, continuam no anonimato protagonizado pelas associações cívicas que teimam em acreditar que é possível transformar o meio envolvente com o Homem. É nesta linha de intervenção que elas continuam a dinamizar projectos de Animação Cidadã, uma metodologia que privilegia o envolvimento activo dos grupos sociais em prol dos concidadãos. Exemplo do que pode ser um projecto de Animação Cidadã é a "Cidadania Participativa", um projecto da responsabilidade executiva da Associação Cultural Moinho da Juventude sediada na Cova da Moura, e que é resultado de um contrato-programa com o Governo Civil de Lisboa e com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género.
A associação dinamizará o projecto com diferenciados grupos sociais promovendo a participação cívica junto da população local, e envolvendo os jovens. Um dos objectivos do projecto é captar capacidades da população e rentabilizá-las em favor de quem precisa, um acto de Animação Cidadã solidária em tempo de crise... As acções passarão também pela promoção de actividades com os idosos, número crescente no bairro que foi maioritariamente jovem. O projecto visa ainda a criação de um centro de convívio. A promoção da igualidade do género, outro dos objectivos da "Cidadania Participativa", passa pela prevenção da violência doméstica. E a acção com os reclusos acontecerá ainda nos estabelecimentos prisionais com a ajuda na área burocrática, no tratamento da documentação.
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