O contexto social e as sequelas que as actuais comunidades acarretam, fruto de diversas contingências do campo social, económico, cultural e político obrigam a que as gentes procurem de forma mais objectiva e participativa a filiação em estruturas associativas com o intuito da defesa de interesses colectivos e na procura de um debate esclarecedor e de acções participativas, afirmando-se assim, novas áreas de luta e de participação, a destacar a preservação do património cultural e natural; a problemática do desenvolvimento local; a Animação Sociocultural; a ocupação de tempos livres e recreação; o voluntariado e a defesa dos direitos humanos e culturais.
As associações como espaços de debate, escola de cidadania, de participação e de prática de Animação Sociocultural deverão proporcionar no seu seio a reclamação de direitos e liberdades de uma participação solidária e consequente participação da comunidade local em campos de intervenção que muitas vezes lhe são apresentados como cenários utópicos. Estes espaços de sociabilidades comunitárias devem estar ao serviço da comunidade local, serem estruturas de contra-cultura, de (re)aprendizagem da cidadania participativa solidária e democrática na busca de valores e princípios fundamentais à vida do Homem em sociedade permitindo-lhe a sua emancipação face ao poder instituído, muitas vezes anárquico.
O movimento associativo constitui um elemento fundamental da animação sociocultural das comunidades, de (re)afirmação das identidades locais e do território, de participação cidadã e de promoção da cultura popular.
In: O Associativismo como Escola de Cidadania Participativa e Prática de Animação Sociocultural (excertos do artigo publicado na Revista Anim'arte, n.º 53, 2004).
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