Para os perfis profissionais que referi no post anterior não é exígivel uma formação especializada no âmbito dessas novas qualificações, mas sim, o reforço dos conteúdos necessários à formação das competências exigidas em cursos que de alguma forma são uma resposta social para estas novas realidades socioprofissionais.
A apresentação de "novos" nichos de empregabilidade para os Animadores (turísticos, socioeducativos, socioculturais) que possuem formação de nível técnico-profissional ou superior é um aspecto caracterizador da mais valia que a profissão do Animador assume na realidade social e cultural insular. Parece-me que este é um mercado em que estes agentes deverão ser os primeiros implusionadores da sensibilização das possíveis instituições empregadoras, respondendo com criatividade e projectos alternativos aqueles que existem, sem nunca esquecer o objectivo último da Animação.
É fundamental discutir estas novas abordagens de empregabilidade quando as qualificações/perfis profissionais associados à Animação são relevantes num estudo prospectivo dos perfis profissionais para o reforço da competitividade e produtividade da economia regional para o período limite 2007-2013. Não podemos embarcar em euforismos, é fundamental o rigor na acção. Uma acção que vise a empregabilidade de Animadores e não de pseudo-Animadores que com a frequência de acções de requalificação profissional passam a intitular-se Animadores Socioculturais como aconteceu na Região.
Neste estudo a figura do Animador Sociocultural está enquadrada em outras dinâmicas sectoriais: Competências e qualificações para o futuro, nomeadamente no sector da Saúde e Serviços Sociais com competências em matéria de Animação e entretenimento para a saúde e bem-estar (serviços especializados, cuidados pessoais e de apoio à vida pessoal e familiar (serviços, processos e tecnologias). No sector da Educação, ao nível da educação e formação de jovens e adultos, e educação para o ambiente e para a cultura.
Tenho tido a oportunidade de defender a ideia de que os novos equipamentos socioculturais e cívicos na Região Autónoma da Madeira são espaços para a Animação Sociocultural, e porque não para a empregabilidade de Animadores? Os resultados deste estudo são encorajadores para os Animadores, mas, qual a receptividade do mercado de trabalho neste sector de actividade? Estarão as instituições sensibilizadas para o exercício da actividade do Animador Sociocultural? Numa escala de 0 a 20 qual a abertura e o estímulo aos projectos de Animação?
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