quarta-feira, 3 de abril de 2013

Um passo para reconhecimento político e social da educação não formal

A educação não formal como processo educativo privilegiado no trabalho associativo voluntário com jovens é um paradigma legítimo, cujo reconhecimento político-administrativo deverá sustentar-se numa dinâmica mobilizadora das organizações políticas, cívicas e agentes socioeducativos e culturais com o objetivo comum de debater e reunir argumentos que corroborem o papel da educação não formal na promoção da participação ativa da juventude na vida comunitária.

A educação não formal é hoje um compromisso político outorgado pela Assembleia da República através das resoluções n.º 32/2013 e n.º 34/2013.

A resolução n.º 32/2013, recomenda ao Governo que diligencie um conjunto de estudos com o intuito de haver um conhecimento sobre o impacto do voluntariado e do associativismo no perfil de competências dos jovens. Ainda sobre estas duas dimensões da educação não formal é recomendado que o Executivo promova uma maior sensibilização acerca das experiências adquiridas pelos jovens em organizações associativas ao nível das competências, valorização do perfil e do envolvimento social, bem como, a criação de uma estratégia nacional de valorização e reconhecimento formal das competências adquiridas no âmbito da educação não formal. A resolução recomenda também a criação de ferramentas de suporte à ação das organizações de voluntariado, ao associativismo e à educação não formal que facilitem a identificação dos conhecimentos e competências desenvolvidas no âmbito de intervenção.

A resolução n.º 34/2013, recomenda ao Executivo a valorização e o reconhecimento efetivo da educação não formal e da aprendizagem ao longo da vida, com a possibilidade de certificação das competências adquiridas através da participação ativa nas organizações associativas voluntárias. Outra recomendação é o reconhecimento formal das associações juvenis como agentes educativos, com o objetivo do trabalho associativo seja integrado na valorização curricular. A conciliação do trabalho associativo com a vida escolar e profissional é um desiderato imputado a uma estratégia nacional de promoção da cidadania, do associativismo e do voluntariado.

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