Poderiamos lamentar uma vez mais a ausência de propostas concretas no âmbito das políticas culturais, uma área esquecida no plano de intenções/ propostas apresentadas pelas diferentes forças partidárias no decorrer da campanha eleitoral para as eleições regionais da Madeira, a acontecer no próximo dia 6 de Maio de 2007.
Há uma ideia que nos parece relevante e que devemos destacar da precaridade das propostas eleitoralistas no âmbito da cultura. A ideia de separar a cultura do turismo, este último com grande relevância no quadro económico regional. Assim a acontecer, a pasta da cultura transitaria da Secretaria Regional do Turismo e Cultura para a Secretaria Regional da Educação.
Entendemos que esta proposta é de louvar, atendendo ao facto de que não podemos conceber uma política de acção cultural descontextualizada do projecto educativo. Na nossa opinião será muito mais proficuo o trabalho no domínio cultural se a tutela de ambas as pastas estiverem sob a coordenação do mesmo agente governativo.
Importa continuar uma política de investimento no âmito dos equipamento culturais, na descentralização cultural e reforço dos meios para que essa descentralizção seja efectiva, reforçar o debate e a aposta no valorização e formação dos agentes socioculturais, um diálogo que procure ser um forum de soluções para questões polémicas, nomeadamente, a leccionação do curso de Animadores Socioculturais de Bibliotecas destinado apenas a um grupo restrito de licenciados dos cursos de Línguas e Literaturas do ramo científico que outrora encontravam-se em situação de desemprego.
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