quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

60º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos

A 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptadou em Paris - a Declaração Universal do Direitos Humanos - um documento colossal para o reconhecimento da dignidade da pessoa humana, da igualdade dos seus direitos, a afirmação da liberdade, da justiça e da paz no mundo (tal como é referido no Preâmbulo da Declaração).

Para assinalar esta data incontornável na vida social e política da Europa, a União Europeia presta homenagem a todos os Homens defensores dos direitos humanos, cidadãos que lutam quotidianamente por uma causa maior; que por acreditarem na justiça e na fraternidade entre povos desafiam regimes políticos e denunciam ao mundo as atrocidades que violam em larga escala os Direitos Humanos.

Foi a pensar nesses Animadores dos Direitos Humanos que a ONU em 1998, adoptou a Declaração sobre os Defensores dos Direitos Humanos. Um documento que proporciona aos activistas dos Direitos Humanos o reconhecimento da importância da sua acção, bem como a necessidade de terem maior protecção. Curiosamente, a União Europeia seguiu o exemplo, e em 2004, publicou um conjunto de medidas que incentiva os Estados-membros a fazerem mais para apoiar os activistas em risco.

Acredito na utopia que alimenta a vontade e a esperança de homens e mulheres que lutam por causas nobres; causas maiores que os seus/nossos pequenos nadas. A vivência democrática da cidadania também se constrói na defesa dos Direitos humanos à escala de intervenção de cada Homem. Que papel deve a Animação Sociocultural exercer no sentido da promoção dos Direitos Humanos?

A conscientização para o valor ético, social, religioso, cultural e político da pessoa humana é o ponto de partida para um trabalho comunitário de base; um exercício de cidadania que busca a concreterização efectiva da Declaração dos Direitos do Homem. Este documento deve acompanhar os Animadores no seu trabalho de intervenção com os grupos, ele deve ser trabalhado desde os movimentos cívicos e também, nas práticas de intervenção socioculturais; na mobilização dos colectivos para causas maiores, enfim, no concreterizar de utopias que se cruzam com os direitos fundamentais do Homem.

Cada Animador deve alimentar um pouco a utopia que move centenas de cidadãos anónimos pela defesa e dignidade integral do Homem.

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