Em tempo que considerei oportuno, reflecti e expões algumas ideias sobre a multiplicidade da oferta de cursos de Animação, com destaque para uma realidade que tem maior expressividade, no processo de "recrutamento" das instituições de ensino sobre os potenciais candidatos aos cursos de grau técnico-profissional e de grau de licenciatura.
Em matéria de ensino técnico-profissional e no que aos cursos de Animação Sociocultural respeita, manifesto com as devidas reservas, a minha posição favorável à sua existência no plano actual, no sentido da uniformização da nomenclatura e do plano de estudos do curso. Certamente, um exercício de uma equipa de trabalho com saldo positivo. Esta posição, não justifica o facto de eu assumir uma postura contrária, quando assistimos a uma proliferação profundamente exagerada do número de escolas que leccionam o curso técnico-profissional de Animador Sociocultural.
Estou em crer que esta realidade continua a ser provocadora de instabilidade socioprofissional entre os Animadores, da qualidade formativa dos futuros agentes da Animação e certamente, da variabilidade do grau de exigência manifestado pelo corpo docente. Mas, não esqueçamos que há escolas que empregam Animadores Socioculturais, graças, aos cursos de Animação.
Volvido algum tempo sobre o debate acerca do Processo de Bolonha, e em matéria de Ensino Superior, parece-me que este sofreu uma "revolução" pacífica. Uma oportunidade perdida para os cursos de Animação. Defendo uma linha de acção "transformadora" para os cursos superiores de Animação; matéria que poderá ser lida em outros escritos. Continuo a assumir a posição inicial, ou seja, a uniformização das nomenclaturas dos cursos de Animação ao nível das licenciaturas (1º Ciclo) e respectivos planos de estudos. Justifico esta posição, pelo facto dos mestrados (2º Ciclo) possibilitarem as tão almejadas especializações no âmbito profissional da Animação.
Um outro ponto que merece reflexão e tomada de consciência são as acções de formação de curta duração que versam sobre a Animação e seus âmbitos. Estas unidades formativas não devem ser percepcionadas como um mal maior; talvez uma resposta menos conseguida e mal enquadrada no contexto de intervenção da Animação. Entendo a sua existência e o recursos dos Animadores à sua frequência, pois, certamente acontece, como um momento de aprendizagem permanente, de aquisição de conhecimentos específicos sobre possíveis âmbitos profissionais.
Esta realidade não é mais do que a crescente procura de acções formativas em Animação e a falta de regulamentação legal que discipline a leccionação destas formações, que no fim da sua frequência habilita o formando para o exercício da prática da Animação Sociocultural. Este facto consolida a necessidade de legislar sobre esta e outras matérias de interesse primordial para os Animadores Socioculturais, com vista, a definir o seu lugar no "pódio" das categorias profissionais.
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