A Animação continua a ser entendida por alguns sectores da sociedade civil como uma metodologia de intervenção restrita ao domínio das suas modalidades: educativa, cultural e social. Parece-me importante provocar novas formas de entender a Animação, no sentido prático desta e no contexto sociopolítico da sociedade actual.
Entendo que o acto de democratizar a democracia não se resume ao simples facto de vivermos numa sociedade pluralista do ponto de vista, das vivências político-partidárias. Democratizar é educar os cidadãos para tomarem parte activa no debate dos verdadeiros problemas que afectam o seu quotidiano. A Animação da democracia concretiza-se em acções de sensibilização dos actores sociais no sentido, de educá-los para se agruparem em movimentos cívicos revindicativos, facultando-lhes instrumentos para uma acção colectiva em prol do bem comum.
Animar a democracia tem que ser um acto quotidiano de cada cidadão, mas, de forma especial, daqueles que têm responsabilidades de gestão da causa pública; um dever moral para com todos os concidadãos que depositaram um voto de confiança na sua acção política.
Creio que a melhor forma de animar a democracia passa pela Animação local, por um trabalho do Poder Local com os cidadãos; um trabalho de envolvimento das pessoas nas tomadas de decisão em matéria que lhes diga directamente respeito, nomeadamente, à vida comunitária. Um compromisso político com o cidadão e com a democracia.
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