A dinamização dos espaços socioculturais continua a ser uma responsabilidade exclusiva das autarquias. Este é a forma generalizada que a sociedade civil tem sobre os equipamentos culturais, porque muitas autarquias são as responsáveis pela gestão das infra-estruturas e numa primeira linha de acção, pela sua dinamização.
Numa perspectiva de descentralização da acção e de democracia culturais, a Região Autónoma da Madeira está apetrechada ao nível dos equipamentos. As autarquias têm uma responsabilidade acrescida com esta nova realidade, mas, não podemos excluir outras entidades com igual responsabilidade, não ao nível da gestão, mas, enquanto instituições contributivas para a dinamização de projectos e actividades com o intuito de materializar-se a ideia de educação para a cultura. A escola deve ser uma parceira inequívoca das autarquias na definição de uma política de acção cultural, na definição de estratégias de intervenção junto dos colectivos, de educadora para a cultura e para o envolvimento dos cidadãos na vida cultural da comunidade.
As colectividades de cultura também têm responsabilidades em matéria de dinamização sociocultural dos novos equipamentos de proximidade. É fundamental educar as gentes para uma cidadania activa, animá-las a participar na cultura, na construção de um programa efectivo de participação nos projectos de dinamização cultural comunitária.
As autarquias devem cumprir o seu papel em matéria cultural com os actores sociais. Elas devem proporcionar instrumentos de facilitação para a participação da sociedade civil nas políticas de acção cultural e dinamizar processos democráticos de acesso à cultura. Os actores sociais devem responder com dinâmica, criatividade e propor alternativas à massificação cultural, que continua a ser a nota dominante.
A dinamização dos equipamentos socioculturais é responsabilidade dos serviços autárquicos, do grupo escolar, do grupo de jovens do bairro, da colectividade da freguesia e da paróquia. Acredito que se todos procurarem exercer uma cidadania activa no seio da comunidade, então, estaremos a construir práticas de Animação Sociocultural, na óptica de um plano de acção cultural municipal.
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