Entendo que a Animação Sociocultural enquanto metodologia de acção em prol de um colectivo, cruza campos de acção aparentemente disparos, mas, complementários na acção sociocultural e educativa dos seus agentes.
A tentativa de "limitar" o papel da Animação Sociocultural ao contexto de intervenção das instituições educativas e culturais, a par, da concepção da ideia de que a prática da Animação é privilégio de um conjunto restrito de agentes do desenvolvimento cultural, é sinónimo de falta de leitura das múltiplas realidades sociais actuais, enquanto possíveis cenários em que o exercício da Animação Sociocultural, poderá ser percepcionado como uma mais valia social.
A política cultural, melhor, o modelo de política de acção cultural que é "plagiada", tornou-se num fracasso. Hoje, ela não é mais do que, uma política descontextualizada das realidades locais, enfim, obsuleta, face às reais necessidades socioculturais das comunidades rurais e urbanas.
A democracia é sinónimo de participação e de discussão de ideias, ela é fruto de um ideal. É este conjunto de prepósitos que deverão refundar o conceito de desenvolvimento cultural comunitário. Os políticos enquanto responsáveis máximos das decisões institucionais, não podem continuar a fazer uma leitura uníssona da realidade, ignorando a oportunidade de planificar uma verdadeira política de desenvolvimento sociocultural participada.
Uma política de Animação Sociocultural deve se alicerçar na participação dos colectivos, na estrutura associativa municipal, pois, esta é, célula básica do processo democrático e de liberdade. Acredito que a Animação Sociocultural tem muito a dar à nossa jovem democracia e é pela participação democrática que poderemos construir um verdadeiro processo de desenvolvimento sociocultural para e com a comunidade.
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