A regulamentação da carreira do Animador Sociocultural, matéria que tem alimentado debates, reflexões e vários escritos, é um tema central e transversal a um conjunto de preocupações que têm que ser contextualizadas na acção associativa e nas práticas profissionais dos Animadores Socioculturais. É matéria que ultrapassa as fronteiras do território português e da língua de Camões.
Foi com surpresa que tomei conhecimento do Manifiesto por la regulación de la animación sociocultural en el ambito formal y no formal. El TASOC y su Perfil profesional da autoria da RED ESPAÑOLA DE TECNICOS SUPERIORES EN ANIMACION SOCIOCULTURAL (TASOC) Y TECNICOS SUPERIORES EN INTEGRACION SOCIAL (TISOC). Este é um documento que subscrevo por solidariedade com os colegas espanhóis, porque entendo que a regulamentação do Estatuto do Animador Sociocultural, ao qual está associado matérias como a carreira, o perfil profissional e o código deontológico é necessária e urgente face às novas políticas de formação e emprego.
O objecto central do manifesto da TASOC e da TISOC alude para a criação de legislação que defina claramente os requisitos legais para o acesso ao exercício da profissão de Animador Sociocultural, descriminando de forma clara e objectiva, o nível das habilitações académicas necessárias para exercer tais funções. Esta realidade é semelhante há vivida pelos Animadores Socioculturais em Portugal.
O "manifiesto" espanhol é para mim, um sinal claro de que os argumentos que se têm esgrimido ao longo dos anos, no sentido de desvalorizar ou até desacreditar a necessidade do Estatuto do Animador Sociocultural merece uma acção mais vincada junto das instituições com responsabilidades políticas e legislativas sobre matéria laboral. É evidente que as realidades sociolaborais dos Animadores portugueses e espanhóis são diferentes no conteúdo e na forma, mas no plano genérico poder-se-á trocar ideias sobre uma matéria que começa a ganhar contornos proeminentes no território ibérico.
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