terça-feira, 30 de junho de 2009

Oferta de Emprego - Município de Beja

Foi publicado ontem, em Diário da República, 2ª série - n.º 123 - de 29 de Junho, a abertura de concurso para a contratação de um técnico superior de Animação Sociocultural (possuidor de uma licenciatura na área da Animação Sociocultural), para exercer funções no Município de Beja.

A formalização da candidatura deverá ser feita mediante o preenchimento de um formulário, o qual poderá ser obtido na Divisão de Recursos Humanos ou na página electrónica do município (www.cm-beja.pt). O documento deverá ser entregue pessoalmente na referida Divisão ou remetido pelo correio, em carta registada, com aviso de recepção e endereçado à Câmara Municipal de Beja. As candidaturas estão abertas nos próximos 10 dias.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

A empregabilidade dos Animadores Socioculturais

É com reserva que abordo a empregabilidade dos Animadores Socioculturais, melhor, a sua não empregabilidade na área de formação. Na verdade, vivemos um período conturbado paras as economias mundiais, e a nossa não é excepção, antes pelo contrário, está entre as mais frágeis. Um cenário pouco animador, mesmo para os mais optimistas. A realidade social e económica que Portugal está a viver, é geradora de um mal-estar colectivo de consequências difusas.

Tenho acompanhado com preocupação a situação profissional de alguns jovens Animadores licenciados, que felizmente, continuam a acreditar que haverá uma oportunidade de empregabilidade, na esperança de poderem pôr em prática no terreno com as comunidades locais, as metodologias de projecto, as dinâmicas de grupo e demais processos de intervenção numa perspectiva de Animação Sociocultural.

O programa de estágios profissionais, agora com a duração de 12 meses, financiado na integra pelo Instituto de Emprego ou em parte, de acordo com a designação social das entidades candidatas, é um instrumento valioso e necessário para a integração profissional de centenas de jovens Animadores no mundo laboral. É o início da concretização do sonho... E no fim do estágio?

As instituições que acolhem os Animadores Socioculturais ao abrigo daquele programa de apoio ao 1º emprego, não se podem alienar do exercício de uma política de responsabilidade social clara e precisa, para com os candidatos ao estágio profissional. Quero com isto dizer, que importa exercer pelos devidos meios, um canal de cooperação com outros parceiros sociais no sentido de assegurar a continuidade do Animador Sociocultural na instituição, mantendo sempre um diálogo verdadeiro com o estagiário, para não continuarmos a assistir ao descartar sistemático dos Animadores Socioculturais, no fim do período de estágio.

Os Animadores são percepcionados como uma mais valia para o trabalho social, cultural e/ou educativo que a entidade desenvolve com a comunidade. Eles possuem a "bagagem" teórico-prática necessária para o desenho e desenvolvimento de projectos de intervenção sustentados na leitura da realidade social. Um recurso humano necessário no campo da intervenção sociocultural. Casos há, em que os Animadores assumem funções em regime de voluntariado, pois, o orçamento não contempla o profissional licenciado em Animação Sociocultural.

Esta é uma realidade que exige uma discussão pública, com o assumir de responsabilidades sociais e políticas na defesa dos interesses socioprofissionais dos Animadores Socioculturais (técnico-profissionais e licenciados), mas, com um trabalho mais incisivo, pedagógico e cooperante, no que respeita à classe dos licenciados, pois, estes continuam a ser os mais sacrificados pelas políticas de empregabilidade das instituições.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

I Concurso Nacional "Melhor Blog de Animação Sociocultural 2009"


A Associação Portuguesa pra o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural está a promover o I concurso nacional "Melhor Blog de Animação Sociocultural 2009". Mais informações podem ser consultadas no blog oficial do concurso.

De acordo com a promotora da iniciativa o concurso tem como objectivo promover a qualidade e a divulgação dos blogs portugueses sobre Animação Sociocultural, importantes veículos de informação, comunicação e desenvolvimento da Animação Sociocultural.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Animação, Animadores e o Poder Político

Qualquer tipo de abordagem e tentativa de oscultação dos movimentos partidários sobre as questões actuais da Animação e uma das preocupações centrais dos Animadores é uma tarefa corajosa e um desafio para as associações que tomam em mãos, aliciante projecto. Um desafio no sentido de definir, à priori, um percurso sustentado num diálogo pedagógico e sensibilizador, que perspective a definição de uma estratégia de abordagem ao poder político, sobre a percepção que este tem acerca da Animação e dos Animadores Socioculturais.

Entendo que o maior desafio está na oscultação dos movimentos político-partidários sobre a figura do Animador Sociocultural e da importância que este assume na concretização de políticas sectoriais (cultural, educativa, social, entre outras) de mudança com a comunidade, sem deixar ao acaso, "velhas" reivindicações. Uma tarefa que a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC) procurou empreender junto dos partidos. Esta odisseia exige uma leitura séria e desapaixonada da questão central - a percepção político-partidária da Animação e dos Animadores Socioculturais - que é motivadora de manipulação e partidarização da figura profissional do Animador Sociocultural, enquanto agente de proximidade na agilização de processos de mudança e mediador comunitário, no sentido deste ser um possível "mensageiro" de um discurso político-partidário.

A triologia - Animação, Animadores e Poder Político - é sem dúvida uma relação quotidiana de proximidade e de conflito com a ética no exercício de funções dos Animadores Socioculturais.
É sabido que muitos Animadores exercem a profissão em instituições públicas directamente ligadas ao Poder Local, as autarquias. Outros exercem em instituições privadas, onde também, e muitas vezes, a política partidária dita as regras e a tomada de decisões.

O exercício da Animação Sociocultural no âmbito das autarquias (no sector público são as que têm maior capacidade de empregabilidade de Animadores) é um repto permanente na afirmação e consolidação da profissão de Animador Sociocultural. Há um desafio diário na construção de verdadeiras práticas de Animação como metodologia de intervenção sociocultural numa dimensão pedagógica e participativa dos grupos na vida local.

A praxis da Animação Sociocultural não pode estar desligada de um projecto político, de um projecto de cidadania participativa, mas pode e deve estar desligada de ambições e influências partidárias. Aqui reside o maior desafio da coexistência da Animação Sociocultural e o poder político, uma relação que os Animadores saberão mediar profissional e éticamente.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

"Páginas de Liberdade"

Páginas de Liberdade é o título do filme assinado pelo realizador Richard LaGravenese, que relata uma história sustentada em factos reais. Uma obra cinematográfica que recomendo, vivamente, aos Animadores Socioculturais.

O filme retrata a vida de um grupo de alunos de ensino secundário que frequenta um liceu, onde, à priori, os bons e os maus alunos são catalogados, razão assinada em função do meio social, económico e cultural de onde alguns protagonistas da acção, os alunos, provêem. Estes alunos estão estigmatizados pela pobreza, pela violência doméstica e das armas, uma realidade protagonizada pelos gangues, entre outras causas sociais vividas na primeira pessoa. Arrisco a dizer que são o "lixo da sociedade", com um percurso de vida definido por outros e irremediavelmente abandonados à sua sorte.

Páginas de Liberdade é um hino de louvor à capacidade de motivação, de mobilização de vontades, de capacitação de cada aluno como Homem autónomo e empenhado na construção do próprio processo de desenvolvimento pessoal e colectivo. É dinâmica imprimida num processo de (des)envolvimento de um espírito crítico e de construção de instrumentos transformadores da própria realidade social, em que estavam socialmente mergulhados e condenados pela comunidade. A professora Erin Gruwell foi capaz de devolver-lhes a dignidade humana, de formar um grupo coeso, capaz de partilhar objectivos comuns, de trabalhar para o colectivo e não alimentar, um pensamento derrotista e individualista.

A história do filme é uma lição para nós, Animadores. Ele transmite uma mensagem de esperança e alimenta a ideia de que é necessário despertar em cada pessoa, o valor da humanidade e do potencial do trabalho colectivo, da afirmação da sua identidade e da necessidade da aprendizagem permanente, sem negar a história de vida de cada indivíduo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Palestra "Qualidade de vida na terceira idade"

No âmbito das III jornadas de Animação Sociocultural, um grupo de alunas do 3º ano do Curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Beja, promoverá uma palestra no contexto da Terceira idade: "Qualidade de Vida na Terceira Idade". No encontro serão abordados os seguintes temas:

- Envelhecimento de Qualidade (Psicóloga Vânia Guiomar);
- Antropologia do Corpo (Antropóloga e Docente Ana Lavado);
- A morte e a Fé (Padre Manuel Pato);
- Animação na Terceira Idade (Animadora Ana Fialho);
- Cuidados de Saúde na Terceira Idade (a confirmar orador).

A iniciativa realizar-se-á no próximo dia 09 de Junho, pelas 09h30m, no Auditório da Escola Superior de Educação de Beja.

Mais informações sobre a iniciativa podem ser obtidas com Helena Esteves (helenasfe@hotmail.com), Helena Paulino (helenapaulino17@hotmail.com), Helena Calaco (hmrsc@hotmail.com) ou Suzete Guereirro (meninakiduza938@hotmail.com