segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sobre o ENEJA 2011

É com satisfação que afirmo que participei no Encontro Nacional e Europeu de Jovens Animadores 2011 (ENEJA) organizado pela Plataforma de Animadores SocioEducativos e Culturais (PASEC), que se realizou em Famalicão, entre os dias 18 e 20 de Abril. O meu sincero obrigado aos meus amigos(as)e colegas da PASEC pelos três dias intensos de novas aprendizagens e verdadeiras experiências de Animação Sociocultural. Reconheço-lhes grande mérito no trabalho de Animação e Protagonismo Juvenil.

É com orgulho que reconheço uma nova geração de jovens Animadores, independentemente, da sua formação académica, capazes de dinamizarem projectos de Animação com jovens. Estes são os protagonistas da acção. Eles têm um rosto e um nome que dá-lhes uma identidade própria, um espaço e um tempo que lhes devolve a alma, e ajudam-nos a vivenciar um conjunto de experiências que dificilmente poderemos negar como dinâmicas de Animação.

Durante os três dias de trabalhos tive a oportunidade de assimilar um conjunto de experiências ricas em conteúdo e dinâmicas juvenis dignas de um trabalho colectivo dos Animadores com os grupos de jovens.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

VIII Colóquio "Caminhos da Animação"


O auditório do Instituto Politécnico de Beja acolhe nos próximos dias 17 e 18 de Maio, o VIII Colóquio de Animação Sociocultural "Caminhos da Animação".

O Colóquio é organizado pela Comissão Técnico-Científica e Pedagógica do Curso de Animação Sociocultural e pelos alunos do 3º ano do respectivo curso, da Escola Superior de Educação de Beja. A organização destaca como objectivos, a constituição de um espaço de reflexão e de intercâmbios de experiências dos diferentes âmbitos de intervenção da Animação; divulgar a Animação Sociocultural, enquanto, instrumento de intervenção nos domínios da educação, da cultura, do território, do turismo e do lazer, da gestão e programação cultural e da intervenção comunitária.

Os painéis da edição do colóquio de 2011, previlegiarão os seguintes temas: Inovação e Empreendedorismo Social; Animação, Cultura, Inivação e Desenvolvimento Local; Indústrias Criativas e Culturais. Para além dos painéis, realizar-se-á uma mesa redonda subordinada ao tema “Animação Sociocultural em Portugal e no Mundo – que caminhos?”. Destaque ainda para a realização de workshops e outras actividades paralelas.

As inscrições são gratuitas para estudantes e docentes acompanhantes. Para profissionais e instituições o valor de inscrição é de 15 euros. As inscrições podem ser realizadas através de correio electrónico para alavado@ipbeja.pt ou coloquioascipbeja@hotmail.com

Para mais informações aceda em http://coloquioanimacao.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A nossa responsabilidade na diversidade e na produção dos saberes em Animação Sociocultural

Acredito que a diversidade protagonizada pelas diferentes estruturas associativas de Animação, independentemente, do seu âmbito geográfico traz valor acrescentado à Animação Sociocultural e aos seus protagonistas. A minha curtíssima experiência de Animador Sociocultural e o meu bom senso têm contribuído para a reflexão pessoal sobre matérias que o tempo se encarregou de lançar para o debate colectivo. Não vou escrever sobre o Estatuto do Animador, esse é um dossier há muito discutido, especialmente nos fóruns de Animação.

Veja-se, a abrangência que as questões da Animação Sociocultural tem conquistado na produção bibliográfica, na blogosfera e em congressos sobre a Animação, graças, ao empenho dos Animadores e dos académicos, profusamente envolvidos activamente em organismos associativos nacionais e internacionais. É preciso continuarmos a democratização dos lugares do conhecimento e das áreas geográficas onde se discutem a Animação Sociocultural. A produção de matéria sobre a Animação Sociocultural não é propriedade de alguns, académicos ou Animadores. Ambos são peças chave para que haja um profícuo e contínuo debate sobre a Animação e as práticas profissionais dos Animadores.

Acredito nas estruturas associativas nacionais, internacionais e iberoamericana como espaços não formais de dinamização das problemáticas da Animação Sociocultural, de intercâmbios de saberes, de aprendizagens geradoras de novos conhecimentos e de experimentação. Somos um país europeu periférico, vamos resignar-nos? Não, no que diz respeito à Animação Sociocultural defendo que os Animadores Socioculturais lusitanos devem assumir-se como parceiros das redes internacionais e iberoamericanas de Animação. Partamos à descoberta, visto que já conhecemos o que o país tem para oferecer aos Animadores. Nada de receios face à aquisição de novos conhecimentos no âmbito da Animação.

Deixei de acreditar em discursos repetidamente vazios de sentido. Os portugueses padecem de um mal social há muito diagnosticado… falam muito sobre matérias que exigem ponderação, reflexão e uma tomada de posição concertada. Todos são especialistas em qualquer matéria, emitem opinião sobre qualquer tema. Indignam-se com quase tudo e querem estar em todos os palcos. Vivemos tempos de profunda crise social e económica. Hoje há outras prioridades para os colectivos, nomeadamente, a manutenção do emprego, o que não invalida a continuação da reflexão sobre as práticas profissionais. Esta última matéria contínua na minha agenda, pois entendo que devo contribuir para a democratização do debate e para uma possível produção de conhecimento.

Contínuo a defender que cada Animador Sociocultural tem um contributo a dar para o enobrecimento da profissão e não deixar tudo ao cuidado dos académicos.