segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Animação do Turismo em Espaço Rural

A Animação Turística no contexto do turismo em espaço rural carece de um projecto global de desenvolvimento integrado, equilibrado e participado por todos os actores que protagonizam este nicho de mercado turístico. A promoção turística em espaço rural tem que ser uma aposta diversificada e inteligente, com o objectivo de dinamizar um mercado que exige projectos de Animação Turística de qualidade, cujo sucesso é selado pelo trabalho em rede com as autarquias, os agentes socioculturais e de forma mais directa e responsável entre as unidades de turismo em espaço rural.

A Animação Turística deve ser percepcionada por todos como um conjunto de acções e técnicas direccionadas a motivar, promover e facilitar uma maior e eficaz participação activa dos turistas no desfrute do seu tempo livre (tempo de férias). Ela pode contribuir para o desenvolvimento local numa dimensão económica, social, cultural e ambiental. Um desenvolvimento mediado pelo relacionamento dos turistas com as gentes e com o seu património cultural material e imaterial; uma integração sociocultural activa transformadora do tempo livre em ócio activo.

Não basta oferecer uma pequena unidade hoteleira, resultado da recuperação do património arquitectónico. Há que inovar na forma como se defende as políticas de Animação Turística em espaço rural. É preciso conceber um plano promocional do turismo rural com parceiros públicos e privados. As pequenas e micro empresas locais podem e devem ter um papel activo e de co-responsabilidade no desenvolvimento turístico local, elas são parceiras privilegiadas. Um plano de Animação Turística em espaço rural deve contemplar a recuperação e fomento do artesanato rural, da gastronomia e da cozinha tradicional; a promoção de iniciativas que valorizem a história, a cultura e os patrimónios locais, actividades dinamizadoras da economia local e regional através da criação de emprego. As iniciativas decorrentes da actividade turística não se esgotam aqui, elas dependem da capacidade de inovação e criatividade dos seus protagonistas.

A Animação Turística em espaço rural tem que ser o epicentro da promoção de projectos e actividades a partir das iniciativas locais, possibilitando à população que seja gestora e protagonista de projectos de Animação facilitando desta forma a reanimação dos territórios rurais e das suas populações, numa perspectiva solidária de contributo para o desenvolvimento endógeno integral, valorizador das identidades culturais e da promoção da cultura local no mundo global.

domingo, 18 de abril de 2010

VII Colóquio "Caminhos da Animação"


Decorrerá na Cidade de Beja, nos dias 4 e 5 de Maio, o VII Colóquio "Caminhos da Animação", iniciativa organizada pela Comissão Técnico-Científica e Pedagógica do Curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Beja e pelos alunos do respectivo curso. Paralelamente a esta iniciativa, realiza-se até Julho as IV Jornadas de Animação, também sob a égide dos alunos do curso de Animação.

Está a decorrer a fase de inscrições. Elas podem ser feitas através dos seguintes contactos:
Telm. 917357288 ou por e-mail: alavado@ipbeja.pt

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Em breve é o turismo que vai dever tudo à cultura"

"Em breve é o turismo que vai dever tudo à cultura". Esta é uma afirmação de Isabel Canavilhas, Ministra da Cultura, em entrevista à Revista Única do Semanário Expresso.

O turismo cultural é um nicho de desenvolvimento económico, social e cultural que exige um compromisso de envolvência activa das populações locais. Assumir o turismo cultural como alavanca promotora da economia local, de afirmação das identidades e de dinamização sociocultural de um território específico é um desígnio que exige sensibilidade política e empresarial com a identidade cultural comunitária e com os patrimónios das gentes. É uma tarefa que não pode ser arquitectada levianamente. As populações devem ser convocadas a participar, serem protagonistas do desenvolvimento social e económico comunitários.

Urge olhar para a cultura, enquanto, um recurso económico sustentável e alternativo aos grandes projectos turísticos transformadores das particularidades locais em lugares comuns e artificiais, percepcionando o turismo cultural como uma mais valia para o desenvolvimento local e factor dinamizador de um processo de economia solidária.

Os governos locais e regionais devem desenhar um plano estratégico de desenvolvimento cultural partindo de uma matriz em que o turismo e a cultura sejam elementos chave na dignificação e afirmação dos territórios e das suas gentes. Não podemos menorizar o papel transversal que a acção cultural no campo do património cultural material e imaterial pode ter como promotora de um modelo de desenvolvimento global partindo das especificidades do local.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Novo número da Animador Sociocultural: Revista Iberoamericana

Está disponível o novo número da Animador Sociocultural: Revista Iberoamericana, uma publicação periódica da Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural (RIA).

Este número reune um conjunto significativo de trabalhos de investigação e experiências no âmbito da cidadania activa, da participação, da democracia, âmbitos que se fundem com a Animação Sociocultural.

Para aceder à revista, clique aqui.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Encontro Europeu de Jovens Animadores e Técnicos de Apoio Psicossocial

Gerar uma plataforma de discussão e de divulgação da Animação SocioCultural e Educativa (ASCE) no contexto europeu, bem como, devolver o protagonismo às dezenas de projectos de ASCE do norte do país, é o objectivo da Plataforma de Animadores SocioCulturais e Educativos (PASEC) que em parceria com a Câmara Municipal de Famalicão e a Rede Europeia de Grupos informais entre outras entidades parceiras, organiza entre os dias 8 e 11 de Abril, o Encontro Europeu de Jovens Animadores e Técnicos de Apoio Psicossocial em Vila Nova de Famalicão.

A metodologia de trabalho prevê um fórum sobre os projectos de ASCE desenvolvidos em Portugal e na Europa com o suporte de uma exposição e feira dos projectos; workshop’s abertos à comunidade; um programa de formação específico a decorrer durante os dias do certame para os animadores envolvidos; colóquios específicos sobre ASCE dinamizados por alguns dos jovens animadores e técnicos de apoio psicossocial e um espectáculo que leve à cena parte do trabalho de Animação Artística desenvolvido pelos parceiros envolvidos.