A reflexão que agora se publica vem a propósito de um anúncio publicado recentemente pela Secretaria Regional de Educação e Cultura da Região Autónoma da Madeira, relativamente, ao recrutamento e selecção de pessoal docente para a colocação de Professores e Animadores no ano lectivo 2007/2008. As habilitações exigidas para o cargo é uma licenciatura em Educação de Infância/ Licenciatura em Ensino Básico - 1º Ciclo com experiência comprovada na áreas das expressões artísticas.
A Animação Sociocultural continua a afirmar-se como uma metodologia eficaz de intervenção junto dos grupos informais e formais, enquanto estratégia de acção em contextos sociais e socioprofissionais distintos.
Na actualidade somos confrontados com casos concretos de intromissão e abuso do uso da denominação "Animador". Afinal quem são os Animadores? O que fazem? Qual a sua formação académica? Que habilitações são exigidas para ser Animador? É verdade que cabe a cada Animador Sociocultural responder com acções, mas também é verdade que enquanto colectivo continuamos à espera do tal milagre, que nunca acontece, talvez não fazemos nada para acontecer...
Hoje há que distinguir o Animador Sociocultural profissional e o voluntário. Eu sou Animador Sociocultural numa instituição pelo exercício da minha actividade enquanto agente sociocultural, mas também, sou Animador Sociocultural numa determinada colectividade. Que critérios de diferenciação?
A Animação Sociocultural ganhou uma amplitude de intervenção tal, que é difícil de limitarmos o campo de acção daqueles que porventura, não têm uma formação específica em Animação Sociocultural e que, continuam a exercer o papel de Animador.
O exercício da Animação Sociocultural estravassa o nosso raio de acção. Ela é exercida no seio das instituições educativas, o exercício das práticas de Animação no contexto educativo cruzam-se com o papel que os Animadores Socioculturais reclamam ser seu, hoje lutamos contra uma abrangência de âmbitos da Animação Sociocultural com alguns precedentes. Impõe-se um trabalho de colaboração com outros profissionais, nomeadamente a classe docente.
Neste quadro de parceria no desenvolvimento de projectos de Animação no contexto educativo, parece-me importante o estabelecimento de um diálogo construtivo com as instituições, com os agentes intervenientes em todo o processo da Animação Sociocultural, mas mais fundamental é olhar para o presente e estudar estratégias de diálogo e cooperação interinstitucional.
Recordo-me que recentemente, o Despacho conjunto n.º 834/2005 de 12 de Outubro de 2005, que cria o Programa de Promoção de Projectos Educativos na Área da Cultura originou algum mal estar entre os Animadores Socioculturais. Este assunto merecerá uma breve reflexão a seu tempo. Mas, já tive a oportunidade de discutir tal Despacho em outros trabalhos de reflexão escrita.
Infelizmente continuamos a debater questões essenciais para o futuro da Animação e dos Animadores Socioculturais na praça pública, quando o deveriamos fazer com coerência, responsabilidade e espírito de cooperação com outros profissionais de áreas complementares à Animação Sociocultural.
O primeiro blog de animação sociocultural na Região Autónoma da Madeira
sábado, 28 de julho de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Animador Sociocultural ou Gestor Cultural
Há âmbitos de intervenção a partir dos quais é possível intervir desde os paradigmas da Animação Sociocultural, os quais, por razões de obsorvência de um maior número de Animadores não aniquila os espaços de intervenção desde a Animação Sociocultural. Tem um efeito multiplicador, ou seja, expande-os e proporciona aos agentes sociais múltiplas possibilidades de acção. Um desses contextos intitucionais é o âmbito autárquico.
Refiro-me em especial a esta complexa estrutura organizacional, porque, no campo de intervenção do Animador e ao nível do contexto territorial local tem suscitado a reflexão e o debate, talvez em monólogo, acerca do papel de Animador Sociocultural no âmbito municipal ou será do Gestor Cultural?
As grandes questões acerca dos campos de intervenção do Animador merecem uma reflexão profunda desde os contextos de formação académica. Defendo a ideia de aproximação da realidade socioprofissional dos Animadores com as imensas ofertas de formação académica no quadro da Animação. Hoje, no domínio de intervenção das autarquias no campo cultural, áreas como a Gestão Cultural cruzam-se com o exercício da Animação Sociocultural.
Há novas realidades locais às quais não podemos ser indiferentes, e perante as quais no processo de intervenção, não podemos abandonar o enquadramento metodológico da Animação Sociocultural.
O desafio está em rever conceitos e métodos de intervenção, adequá-los às realidades locais actuais, enfim, fabricar uma simbiose de acção desde a prespectiva da Animação Sociocultural. É um trabalho de cada Animador, daqueles que acreditam que é possível fazer Animação com as comunidades locais, mesmo, inseridos no sistema burocrático dos serviços socioculturais e educativos autárquicos.
Não podemos cultivar a ideia e transformá-la na figura em que, o Animador Sociocultural se converteu num Gestor Cultural, pelo contrário, é preciso fundar novos acções e para que isso aconteça, é necessário comungar de outros âmbitos profissionais, pois, as realidades sociais e institucionais assim o exigem.
O desafio está em fazer emergir a figura do Animador Sociocultural em contextos que por forças adversas é diluída num trabalho cultural tecnocrata e de pura gestão. É descobrir e sedimentar novos âmbitos de acção desde a Animação.
Refiro-me em especial a esta complexa estrutura organizacional, porque, no campo de intervenção do Animador e ao nível do contexto territorial local tem suscitado a reflexão e o debate, talvez em monólogo, acerca do papel de Animador Sociocultural no âmbito municipal ou será do Gestor Cultural?
As grandes questões acerca dos campos de intervenção do Animador merecem uma reflexão profunda desde os contextos de formação académica. Defendo a ideia de aproximação da realidade socioprofissional dos Animadores com as imensas ofertas de formação académica no quadro da Animação. Hoje, no domínio de intervenção das autarquias no campo cultural, áreas como a Gestão Cultural cruzam-se com o exercício da Animação Sociocultural.
Há novas realidades locais às quais não podemos ser indiferentes, e perante as quais no processo de intervenção, não podemos abandonar o enquadramento metodológico da Animação Sociocultural.
O desafio está em rever conceitos e métodos de intervenção, adequá-los às realidades locais actuais, enfim, fabricar uma simbiose de acção desde a prespectiva da Animação Sociocultural. É um trabalho de cada Animador, daqueles que acreditam que é possível fazer Animação com as comunidades locais, mesmo, inseridos no sistema burocrático dos serviços socioculturais e educativos autárquicos.
Não podemos cultivar a ideia e transformá-la na figura em que, o Animador Sociocultural se converteu num Gestor Cultural, pelo contrário, é preciso fundar novos acções e para que isso aconteça, é necessário comungar de outros âmbitos profissionais, pois, as realidades sociais e institucionais assim o exigem.
O desafio está em fazer emergir a figura do Animador Sociocultural em contextos que por forças adversas é diluída num trabalho cultural tecnocrata e de pura gestão. É descobrir e sedimentar novos âmbitos de acção desde a Animação.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Número 6 - Revista Quaderns d' Animació i Educació Social
Esta disponível on-line, o número 6 da Revista Quaderns d' Animació i Educació Social, uma revista semestral para Animadores Socioculturais e Educadores Sociais, um projecto editorial coordenado e editado pelo Prof. Mário Viché.
O actual número da revista contém uma diversidade de contribuições acerca das práticas e reflexões acerca da Animação Sociocultural e da Educação Social, trabalhos oriundos de Portugal, França e Brasil.
Uma novidade da revista é a edição multimédia que procura ser um recurso prático sobre projectos desenvolvidos que se coadunem com o espírito editorial da revista. As seccções bibliográficas, de formação e de documentação telemática continuam a ter um espaço próprio na revista.
Para aceder à revista acesse em www.quadernsanimacio.net
O actual número da revista contém uma diversidade de contribuições acerca das práticas e reflexões acerca da Animação Sociocultural e da Educação Social, trabalhos oriundos de Portugal, França e Brasil.
Uma novidade da revista é a edição multimédia que procura ser um recurso prático sobre projectos desenvolvidos que se coadunem com o espírito editorial da revista. As seccções bibliográficas, de formação e de documentação telemática continuam a ter um espaço próprio na revista.
Para aceder à revista acesse em www.quadernsanimacio.net
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Portugal acolhe Congresso Iberoamericano de Animação Sociocultural
A Cidade da Guarda acolherá o II Congresso Iberoamericano de Animação Sociocultural em Outubro de 2008. Esta decisão resultou da candidatura apresentada pela Escola Superior de Educação da Guarda e da Câmara Municipal local à Junta Directiva da Rede Iberoamericana de Animação Sociocultural (RIA).
Recorde-se que o primeiro Congresso Iberoamericano de Animação realizou-se em Outubro de 2005, na Cidade de Salamanca (Espanha).
Este será com certeza um impulso importante para a afirmação da Animação Sociocultural em Portugal.
Recorde-se que o primeiro Congresso Iberoamericano de Animação realizou-se em Outubro de 2005, na Cidade de Salamanca (Espanha).
Este será com certeza um impulso importante para a afirmação da Animação Sociocultural em Portugal.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Bolonha e cursos de Animação. E agora?
O Processo de Bolonha visa possibilitar a um qualquer estudante de ensino superior obter um diploma europeu reconhecido em qualquer universidade, de qualquer Estado-membro. Esta é uma política educativa que procura salvaguardar as especificidades nacionais, mas, possibilitar a mobilidade dos estudantes no espaço europeu.
Um estudante que ingresse num curso adaptado a Bolonha poderá iniciar a sua formação superior numa universidade e continuar ou concluir essa mesma formação numa outra universidade do espaço europeu. Em Portugal o novo sistema de graus académicos devidamente reconhecidos pelo Processo de Bolonha dividem-se em dois ciclos: o primeiro ciclo conduz ao grau de licenciado com uma formação relevante no mercado europeu. O segundo ciclo conduz ao grau de mestre, grau alcançável em três ou quatro semestres.
Este apontamento acerca de Bolonha serve de linha de pensamento para uma das minhas preocupações acerca do curso de Animaçã Sociocultural.
Formaram-se comissões de acompanhamento com o objectivo de reflectir, discutir e apresentar propostas acerca da adaptação dos cursos de ensino superior ao Processo de Bolonha. Essas propostas materializaram-se, pelo menos, dentro das comissões, a prova disso é hipóteses de cursos que as instituições de ensino podiam propor para o segundo ciclo de Bolonha. Assim poderão ser propostos pelas Escolas Superiores, cursos como a museologia e a Animação Sociocultural; Animação Cultural com a Terceira Idade, Gestão e Animação de Espaços Culturais ou Animação Sociocultural e Intervenção Autárquica, entre outras opções de especialização.
Infelizmente, olhamos para as ofertas de cursos no quadro da Animação Sociocultural e continua quase tudo igual, melhor, adaptados ao Processo de Bolonha, claro.
Não houve uma uniformização de nomemclatura das licenciaturas em Animação Sociocultural, continua sim, a haver uma proliferação de nomes para um mesmo âmbito de acção, para as mesmas saídas profissionais, continua a designação da licenciatura em Animação Sociocultural, em Animação Socioceducativa ou em Animação Cultural e Educação Comunitária ou simplesmente, Animação Cultural.
Na minha opinião faltou sensibilidade e a coragem suficiente para uniformizar a formação superior dos cursos de Animação ao nível do primeiro ciclo. Ao segundo ciclo, então, corresponderia as almejadas especializações (os mestrados). Parece-me que uma vez mais, tivemos o passáro na mão e deixámo-lo fugir.
É fundamental que se uniformize os conteúdos de formação, disponibilizar uma formação generalista em Animação Sociocultural, e depois, cada indivíduo procurará em consciência uma formação especializada no âmbito da Animação Sociocultural.
Esta situação não abunda a favor da Animação Sociocultural, nem dos Animadores em Portugal. É altura de refutar argumentos que apenas servem para justificar a nossa inércia acerca da criação de condições para uma verdadeira afirmação da Animação Sociocultural em Portugal.
Estou em crer que a afirmação do papel do Animador não depende apenas dele e dos contextos de intervenção em que esse agente actua, também depende do plano teórico, nomeadamente ao nível da formação, se formos capazes de definir políticas favoráveis os agentes da Animação.
Houve iniciativa em uniformizar os conteúdos formativos do curso técnico-profissional de Animação Sociocultural, talvez, o houvesse ou há em fazer o mesmo no ensino superior.
Um estudante que ingresse num curso adaptado a Bolonha poderá iniciar a sua formação superior numa universidade e continuar ou concluir essa mesma formação numa outra universidade do espaço europeu. Em Portugal o novo sistema de graus académicos devidamente reconhecidos pelo Processo de Bolonha dividem-se em dois ciclos: o primeiro ciclo conduz ao grau de licenciado com uma formação relevante no mercado europeu. O segundo ciclo conduz ao grau de mestre, grau alcançável em três ou quatro semestres.
Este apontamento acerca de Bolonha serve de linha de pensamento para uma das minhas preocupações acerca do curso de Animaçã Sociocultural.
Formaram-se comissões de acompanhamento com o objectivo de reflectir, discutir e apresentar propostas acerca da adaptação dos cursos de ensino superior ao Processo de Bolonha. Essas propostas materializaram-se, pelo menos, dentro das comissões, a prova disso é hipóteses de cursos que as instituições de ensino podiam propor para o segundo ciclo de Bolonha. Assim poderão ser propostos pelas Escolas Superiores, cursos como a museologia e a Animação Sociocultural; Animação Cultural com a Terceira Idade, Gestão e Animação de Espaços Culturais ou Animação Sociocultural e Intervenção Autárquica, entre outras opções de especialização.
Infelizmente, olhamos para as ofertas de cursos no quadro da Animação Sociocultural e continua quase tudo igual, melhor, adaptados ao Processo de Bolonha, claro.
Não houve uma uniformização de nomemclatura das licenciaturas em Animação Sociocultural, continua sim, a haver uma proliferação de nomes para um mesmo âmbito de acção, para as mesmas saídas profissionais, continua a designação da licenciatura em Animação Sociocultural, em Animação Socioceducativa ou em Animação Cultural e Educação Comunitária ou simplesmente, Animação Cultural.
Na minha opinião faltou sensibilidade e a coragem suficiente para uniformizar a formação superior dos cursos de Animação ao nível do primeiro ciclo. Ao segundo ciclo, então, corresponderia as almejadas especializações (os mestrados). Parece-me que uma vez mais, tivemos o passáro na mão e deixámo-lo fugir.
É fundamental que se uniformize os conteúdos de formação, disponibilizar uma formação generalista em Animação Sociocultural, e depois, cada indivíduo procurará em consciência uma formação especializada no âmbito da Animação Sociocultural.
Esta situação não abunda a favor da Animação Sociocultural, nem dos Animadores em Portugal. É altura de refutar argumentos que apenas servem para justificar a nossa inércia acerca da criação de condições para uma verdadeira afirmação da Animação Sociocultural em Portugal.
Estou em crer que a afirmação do papel do Animador não depende apenas dele e dos contextos de intervenção em que esse agente actua, também depende do plano teórico, nomeadamente ao nível da formação, se formos capazes de definir políticas favoráveis os agentes da Animação.
Houve iniciativa em uniformizar os conteúdos formativos do curso técnico-profissional de Animação Sociocultural, talvez, o houvesse ou há em fazer o mesmo no ensino superior.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Um projecto de "envelhecimento activo"... Um projecto de Animação Sociocultural
"Sempre Jovem" é o nome de um grupo de mulheres, que corporizam um projecto no domínio da actividade teatral, da dança e da música, no Concelho de Câmara de Lobos. O curioso está na média de idades que ascende os cinquenta anos, algumas dessas pessoas, são oriundas dos centros de dia, onde actualmente, estão integradas. O grupo nasceu da vontade dos elementos femininos em expressar o seu gosto artístico através da expressão dramática, alertando a comunidade para a crítica social.
Este é um verdadeiro projecto de Animação Sociocultural, um projecto que nasceu da vontade popular de um grupo anónimo de pessoas. Um projecto apoiado pela autarquia camaralobense. Os verdadeiros projectos de Animação nascem em contextos informais, do livre espírito de participação dos grupos, das suas necessidades e vontades.
Um processo de envelhecimento activo só é viável quando a cooperação e a conjugação de sinergias por parte de um conjunto de instituições é sustentável. Na minha opinião as autarquias têm uma responsabilidade acrescida no quadro da intervenção social. Por um lado, devem criar condições de bem-estar social colectivo, por outro lado, devem facultar instrumentos para que os grupos de terceira idade tenham as mesmas oportunidades de intervir na vida cultural local.
O envelhecimento activo acontece com a participação dos indivíduos e o seu envolvimento em actividades de desenvolvimento psicossocial de cada indivíduo e do grupo em sociedade.
Este é um verdadeiro projecto de Animação Sociocultural, um projecto que nasceu da vontade popular de um grupo anónimo de pessoas. Um projecto apoiado pela autarquia camaralobense. Os verdadeiros projectos de Animação nascem em contextos informais, do livre espírito de participação dos grupos, das suas necessidades e vontades.
Um processo de envelhecimento activo só é viável quando a cooperação e a conjugação de sinergias por parte de um conjunto de instituições é sustentável. Na minha opinião as autarquias têm uma responsabilidade acrescida no quadro da intervenção social. Por um lado, devem criar condições de bem-estar social colectivo, por outro lado, devem facultar instrumentos para que os grupos de terceira idade tenham as mesmas oportunidades de intervir na vida cultural local.
O envelhecimento activo acontece com a participação dos indivíduos e o seu envolvimento em actividades de desenvolvimento psicossocial de cada indivíduo e do grupo em sociedade.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Que alternativas?
A edição do Diário de Notícias da Madeira de 05 de Julho de 2007, noticia que um dos partidos políticos com assentou parlamentar na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, no exercício da sua actividade procurou consciencializar a opinião pública para o facto de haver a necessidade de se criarem nos bairros sociais, equipamentos de lazer e sociocomunitários com o objectivo de ocupar as crianças e jovens, desviando-os assim, dos flagelos sociais, nomeadamente a toxicodependência.
Estou em crer que a solução, não passa apenas pela construção de novos equipamentos de lazer. É fundamental que se protagonize soluções com os agentes sociais - os Animadores Socioculturais. A Região Autonoma da Madeira tem um conjunto de recursos humanos qualificado que com certeza poderá despoletar novas sinergias a partir das potencialidades do bairro e das suas gentes.
O combate à problemática social passa por um diálogo tripartido, ou seja, um trabalho que envolva as entidades públicas, os moradores do bairro e os agentes de intervenção. A possível alegação de falta de agentes socioculturais para o desenvolvimento de projectos de Animação com crianças e jovens não poderá ser justificação. O desconhecimento da verdadeira essência da Animação Sociocultural e do papel do Animador é sim, um motivo plausível.
A equidade social não passa pela construção imediata de mais equipamentos de lazer, ela deve alicerçar-se na planificação de um projecto de Animação Sociocultural. Um projecto que apresente alternativas para um desenvolvimento harmonioso das populações que residem nos bairros sociais, dotá-las de ferramentas para que sejam autónomas na acção colectiva.
Acredito, que a Animação Sociocultural poderá ser parte da solução. É via alternativa às problemáticas sociais detectadas pelo referenciado partido político.
Estou em crer que a solução, não passa apenas pela construção de novos equipamentos de lazer. É fundamental que se protagonize soluções com os agentes sociais - os Animadores Socioculturais. A Região Autonoma da Madeira tem um conjunto de recursos humanos qualificado que com certeza poderá despoletar novas sinergias a partir das potencialidades do bairro e das suas gentes.
O combate à problemática social passa por um diálogo tripartido, ou seja, um trabalho que envolva as entidades públicas, os moradores do bairro e os agentes de intervenção. A possível alegação de falta de agentes socioculturais para o desenvolvimento de projectos de Animação com crianças e jovens não poderá ser justificação. O desconhecimento da verdadeira essência da Animação Sociocultural e do papel do Animador é sim, um motivo plausível.
A equidade social não passa pela construção imediata de mais equipamentos de lazer, ela deve alicerçar-se na planificação de um projecto de Animação Sociocultural. Um projecto que apresente alternativas para um desenvolvimento harmonioso das populações que residem nos bairros sociais, dotá-las de ferramentas para que sejam autónomas na acção colectiva.
Acredito, que a Animação Sociocultural poderá ser parte da solução. É via alternativa às problemáticas sociais detectadas pelo referenciado partido político.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
V Congresso Internacional de Investigação e Desenvolvimento Sócio-Cultural
A AGIR - Associação para a Investigação e Desenvolvimento Sócio-Cultural organizará nos próximos dias 25, 26 e 27 de Outubro próximo, na Cidade da Maia, o V Congresso Internacional de Investigação e Desenvolvimento Sócio-Cultural.
Este evento tem por objectivos congregar especialistas, técnicos e estudantes num foro de discussão, promovendo a criação de redes, em torno das Ciências Sociais e Humanas em dois âmbitos: investigação e ciência aplicada. Trata-se assim, de fomentar o debate e a troca de ideias e experiências em torno de alguns dos temas mais relevantes do desenvolvimento sócio-cultural, bem como, o de estabelecer a articulação entre o debate teórico, a investigação científica e a intervenção no terreno, num foro internacional e interdisciplinar.
TEMAS
- Assistência Comunitária e Serviço Social
- Desenvolvimento e sustentabilidade
- Família, Educação e Saúde
- Género e Diversidade Sexual
- Gestão de Risco
- Globalização, Identidade e Diversidade
- Intervenção e Animação Sócio-Cultural
- Migrações, Grupos Étnicos e Minorias
- Museologia, Património e Turismo
- Tecnologias de Informação e Comunicação
- Teorias e Epistemologia
- Violência, Exclusão e Justiça
Para mais informações, aceder a www.agir.pt
Este evento tem por objectivos congregar especialistas, técnicos e estudantes num foro de discussão, promovendo a criação de redes, em torno das Ciências Sociais e Humanas em dois âmbitos: investigação e ciência aplicada. Trata-se assim, de fomentar o debate e a troca de ideias e experiências em torno de alguns dos temas mais relevantes do desenvolvimento sócio-cultural, bem como, o de estabelecer a articulação entre o debate teórico, a investigação científica e a intervenção no terreno, num foro internacional e interdisciplinar.
TEMAS
- Assistência Comunitária e Serviço Social
- Desenvolvimento e sustentabilidade
- Família, Educação e Saúde
- Género e Diversidade Sexual
- Gestão de Risco
- Globalização, Identidade e Diversidade
- Intervenção e Animação Sócio-Cultural
- Migrações, Grupos Étnicos e Minorias
- Museologia, Património e Turismo
- Tecnologias de Informação e Comunicação
- Teorias e Epistemologia
- Violência, Exclusão e Justiça
Para mais informações, aceder a www.agir.pt
terça-feira, 3 de julho de 2007
Animadores Culturais nas Escolas
O Diário Digital no passado dia 26 de Junho, noticiou que o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa enviaram aos candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, um manifesto que resultou do "diagnóstico" feito pelo próprio sindicato, em que apontam uma série de problemáticas na rede escolar do ensino básico da capital.
Uma das lacunas sentidas é a falta de Animadores Culturais e Sociais e a potencial realização de actividades com entidades exteriores à escola. Na minha opinião, está é sem dúvida uma problemática emergente no seio das instituições de ensino em Portugal.
O Despacho Conjunto n.º 942/99 do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social preconiza o Programa Educação/Emprego. Este programa de acordo com o artigo 2º, alíneas a) e b) visa o desenvolvimento de actividades de animação escolar orientada para a ocupação e valorização dos tempos livres dos jovens e crianças dos ensinos básico e secundário e da educação pré-escolar, possibilitando-lhes o acesso a novos conhecimentos e interesses que ajudem a revelar melhor as suas capacidade e a mediação cultural orientada para a integração social de jovens e crianças pertencentes a grupos de minorias étnicas que frequentem os ensinos básico e secundário e a educação pré-escolar.
De acordo com o presente diploma legislativo os monitores das actividades de animação devem ser agentes formados em Animação Sociocultural, oriundos das escolas profissionais ou do curso tecnológico de Animação Social.
Hoje, infelizmente, alguns dos Animadores a exercerem funções nas escolas são pessoas com formação antagónica à recomendada pelo Despacho Conjunto n.º 942/99.
Na Região Autónoma da Madeira, a Secretaria Regional de Educação, promoveu um curso de especialização em Animação Sociocultural de Bibliotecas com o objectivo de colmatar a falta de técnicos nas bibliotecas das Escolas Básicas do 1º Ciclo. Esta medida permitiu reduzir o número de licenciados em Línguas e Literaturas do ramo científico que se encontravam desempregados.
E os Animadores Socioculturais que todos os anos ingrossam as fileiras nos centros de emprego à procura da primeira oportunidade, que resposta o Governo tem para eles?
Uma das lacunas sentidas é a falta de Animadores Culturais e Sociais e a potencial realização de actividades com entidades exteriores à escola. Na minha opinião, está é sem dúvida uma problemática emergente no seio das instituições de ensino em Portugal.
O Despacho Conjunto n.º 942/99 do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social preconiza o Programa Educação/Emprego. Este programa de acordo com o artigo 2º, alíneas a) e b) visa o desenvolvimento de actividades de animação escolar orientada para a ocupação e valorização dos tempos livres dos jovens e crianças dos ensinos básico e secundário e da educação pré-escolar, possibilitando-lhes o acesso a novos conhecimentos e interesses que ajudem a revelar melhor as suas capacidade e a mediação cultural orientada para a integração social de jovens e crianças pertencentes a grupos de minorias étnicas que frequentem os ensinos básico e secundário e a educação pré-escolar.
De acordo com o presente diploma legislativo os monitores das actividades de animação devem ser agentes formados em Animação Sociocultural, oriundos das escolas profissionais ou do curso tecnológico de Animação Social.
Hoje, infelizmente, alguns dos Animadores a exercerem funções nas escolas são pessoas com formação antagónica à recomendada pelo Despacho Conjunto n.º 942/99.
Na Região Autónoma da Madeira, a Secretaria Regional de Educação, promoveu um curso de especialização em Animação Sociocultural de Bibliotecas com o objectivo de colmatar a falta de técnicos nas bibliotecas das Escolas Básicas do 1º Ciclo. Esta medida permitiu reduzir o número de licenciados em Línguas e Literaturas do ramo científico que se encontravam desempregados.
E os Animadores Socioculturais que todos os anos ingrossam as fileiras nos centros de emprego à procura da primeira oportunidade, que resposta o Governo tem para eles?
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