sexta-feira, 17 de julho de 2015

Quaderns d' Animació i Educació Social



Está on-line a revista Quaderns d' Animació i Educació Social, n.º 22. A revista no âmbito da animação sociocultural e da educação social é editada pelo prof. doutor Mario Viché. 

No número atual destarque para a participação portuguesa rubricada por Ana Fontes com o ensaio «As artes enquanto estratégias de intervenção da animação sociocultural na terceira idade» e Mário Montez com o trabalho «Paisagens contemporâneas para uma possível animação militante».   

É de referir que há uma vinculação entre a Quaderns de Animació e a Práticas de Animação, através do projeto de intercâmbio editorial «Animação Digital» representado pelo logótipo comum «AD», ao abrigo do qual, foi publicado no presente número da Quaderns d' Animació o artigo do Mário Montez (traduzido para espanhol) intitulado «¿Animación Socio...qué?. Mitos y angustias alrededor de la denominación y el concepto de Animación Sociocultural», anteriormente, publicado na Práticas de Animação, n.º 7.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Receção de artigos para a revista Práticas de Animação

A revista Práticas de Animação é um projeto editorial que tem privilegiado a reflexão sobre o corpus teórico e as práticas de animação sociocultural. 

Os diferentes contributos são o reflexo da diversidade de posicionamento sobre a animação sociocultural e os seus campos de intervenção numa perspetiva interdisciplinar e de reflexão plural partilhada por animadores, educadores, investigadores e outros atores sociais com experiências e vivências profissionais em diferentes latitudes geográficas que permitem posicionarem-se no campo teórico-prático da animação e projetarem as suas reflexões no seio de uma comunidade aberta e democrática, como a dos animadores socioculturais que continua a dinamizar a discussão sobre a animação e as suas práticas.

É nosso desiderato reunir um conjunto diversificado de contributos que aclarem sobre as dinâmicas da animação e sejam achegas para a reflexão e discussão sobre o papel da animação sociocultural nos múltiplos contextos de intervenção. 

Os artigos poderão versar sobre a animação sociocultural, socioeducativa, turística, o ócio, o lazer e os tempos livres, as políticas culturais, a  pedagogia social e a educação sociocomunitária, entre outros domínios de investigação e intervenção privilegiados para a ação dos animadores. 

Neste quadro de realização convidamos todos os interessados a colaborar no próximo número da revista. Para tal poderão enviar os respetivos contributos até o próximo mês de setembro de 2015, para o correio eletrónico da revista: revistapraticasdeanimacao@gmail.com 

terça-feira, 16 de junho de 2015

I Congresso Internacional O Animador Sociocultural no Século XXI



A Intervenção – Associação para a Promoção e Divulgação Cultural organiza o I Congresso Internacional O Animador Sociocultural no Século XXI, na cidade de Barcelos, nos dias 6, 7 e 8 de novembro de 2015.

No congresso estarão os seguintes temas em debate divididos por painéis:

- A Formação de Animadores em Portugal e na Europa
- Animadores Socioculturais e Âmbitos de Intervenção
- Perfil, Ética e Deontologia Profissional dos Animadores Socioculturais
- Animadores Socioculturais: Emprego/ Trabalho/ Empreendedorismo
- Metodologias e projetos de intervenção do Animador Sociocultural e da Animação Sociocultural
- A identidade do Animador face aos trabalhadores sociais, culturais e educativos
- O Animador Sociocultural realidades e perspetivas futuras

Por mesas redondas:

- O Animador Sociocultural no Século XX e Século XXI
- As diferentes propostas de Estatuto de Animador Sociocultural em Portugal: pequenas intervenções sobre as propostas de estatutos dos anos 70, 80, 90 e século XXI

E Relatos de Experiências de Animadores Socioculturais.

Para mais informações e inscrições, aceda aqui.

sábado, 30 de maio de 2015

O investimento na política cultural: uma visão de futuro

Falarmos de política cultural exige uma visão global e, necessariamente, um cruzamento delicado com outras políticas setoriais. O desenvolvimento comunitário deverá ser um processo construtivo e fortalecedor de dinâmicas sociais, culturais e educativas que projetem a identidade comunitária, a cultura do lugar e acima de tudo, que seja um plano de (des)envolvimento sustentado na comunidade.

Olhar para um território cultural despido de uma vida comunitária pujante de atividade concebida a partir de redes de sociabilidade associativa; enfraquecido pela ausência de laços comunitários enraizados numa memória coletiva e na identidade comunitária; equipamentos culturais vazios de sentido e de processos criativos capazes de mobilizarem os sujeitos a assumirem o papel de atores do desenvolvimento da comunidade, são sinais inequívocos de incapacidade política em mobilizar sinergias com os agentes culturais na construção de um plano estratégico e de visão de futuro para a política cultural.

As diretrizes de fabricação cultural estão para além das premissas enunciadas. É fundamental criar espaços e políticas de promoção de processos de criação artística, de fomento da educação artística com recurso aos artistas enquanto pedagogos não formais e agentes estrategas na democratização da cultura e das práticas artísticas. 

A animação sociocultural como pedagogia participativa é uma metodologia de intervenção privilegiada num cenário de empoderamento humano e mobilizador da criatividade coletiva ao serviço de um programa aglutinador de vontades políticas supra partidárias na afirmação da cultura como processo de desenvolvimento comunitário.

Pensar a animação sociocultural ao nível de um plano de intervenção no quadro de realização da política cultural é projetar a participação ativa dos agentes que intervêm em processos vários: educação para a cultura mediante dinâmicas educativas não formais; empoderamento dos indivíduos para assumirem a cultura como partícula de identidade individual e coletiva; fomentadores de oportunidades para que cada indivíduo seja capaz de se expressar livremente e assumir a condição de protagonista do seu próprio processo de desenvolvimento.

E quando existem os equipamentos coletivos de cultura e lazer, os animadores socioculturais e outros agentes de desenvolvimento (inclusive os agentes educativos) que corajosamente desenvolvem ações através do trabalho institucional e associativo impregnado de uma pedagogia participativa que devolve o protagonismo aos sujeitos e capacita-os para avançarem rumo à liberdade de ação? 

É fundamental reunir esta massa humana crítica e envolvida nas questões comunitárias, e convidá-la a participar na definição da política cultural enquanto instrumento político norteador da ação do executivo. A política cultural não pode ser entendida como um preciosismo de alguns agentes, mas como um instrumento primordial para o desenvolvimento cultural comunitário.

Investir na cultura e educação é uma aposta no futuro, numa comunidade mais rica e confiante nas suas capacidades como coletivo. O investimento cultural na comunidade é um processo de capacitação dos indivíduos, como tal, os animadores socioculturais no desenvolvimento do seu trabalho deverão privilegiar a cultura comunitária como um valor distintivo e nobre da intervenção em animação sociocultural.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Livro Branco da Juventude

Está disponível o E-book Livro Branco da Juventude, que teve por base o método aberto de coordenação, com o propósito de identificar diretrizes e linhas de ação em matéria de juventude. 

O livro  reúne contributos para as 14 áreas de temáticas referidas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 11/2013, de 5 de março. As áreas identificadas são: Educação e Formação; Emprego e Empreendedorismo; Participação Cívica; Emancipação Jovem; Mobilidade e Jovem Português no Mundo; Prevenção Rodoviária; Saúde e Prevenção de Comportamentos de Risco; Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Cultura, Inovação e Criatividade; Voluntariado; Combate à Desigualdade de Oportunidades e Inclusão Social; Habitação; Solidariedade Intergeracional; e Associativismo. 

 A publicação do e-book surge do processo de criação do Livro Branco da Juventude, resultado de um debate iniciado em 2011, no setor da juventude e pretende apresentar as medidas implementadas pelo XIX Governo Constitucional, que procuraram dar resposta às cerca de 219 linhas de intervenção, das 14 áreas temáticas.

O Livro Branco da Juventude foi a plataforma dinamizadora para elaborar um documento de estratégia global para os jovens, complementado com a publicação de medidas adotadas por parte do Governo.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Formação de Formadores/as em Educação Não Formal



A Academia de Desenvolvimento Juvenil é uma iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Juventude, do Instituto Português de Desporto e Juventude, I.P. e da Agência Nacional Erasmus + Ja. A iniciativa conjunta tem objetivo ser um lugar de encontro, aprendizagem e partilha de conhecimentos e experiências no âmbito do trabalho desenvolvido na área da juventude.

Neste contexto, terá lugar entre os dias 19 24 de maio, em Aveiro, a iniciativa Formação de Formadores/as em Educação Não Formal. Entre os objetivos da formação destaque para a introdução dos conceitos e formas de atividades educacionais de acordo com os princípios da educação não formal; gerar um espaço para o desenvolvimento de competências para o formador em educação não formal com grupos de jovens; aumentar os conhecimentos e consciência dos participantes sobre os valores envolvidos em atividades juvenis de educação não formal. 

Os participantes - jovens, dirigentes associativos, técnicos de juventude, youth workers - terão acesso a um conjunto de atividades que visam promover competências específicas agregadas às questões da juventude.

A Academia de Desenvolvimento Juvenil é apresentada como um espaço de capacitação de jovens, de organizações de juventude e de organismo públicos e privados que trabalham com jovens, bem como, um espaço de criação de redes de trabalho e cooperação, proporcionando momentos de diálogo estruturado político participativo.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2015

«Os verdadeiros mestres do teatro encontram-se facilmente longe do palco. E não estão geralmente interessados no teatro que seja como uma máquina para replicar convenções e reproduzir lugares comuns. Eles procuram encontrar a fonte da palpitação, as correntes vitais que tendem a evitar as salas de espetáculo e as multidões de pessoas prontas a copiar um qualquer mundo. Copiamos, em vez de criarmos mundos focados ou mesmo dependentes do debate com o público, cultivando emoções que ultrapassam a superficialidade. É que, na realidade, nada revela melhor as paixões escondidas do que o teatro.

Sou muitas vezes levado pela prosa para refletir. Penso frequentemente nos escritores que há quase um século descreveram profeticamente, mas também com parcimónia, o declínio dos deuses europeus, o crepúsculo que mergulhou a nossa civilização numa escuridão de que ainda não recuperou. Estou a pensar em Franz Kafka, Thomas Mann e Marcel Proust. Presentemente também incluiria Maxwell Coetzee nesse grupo de profetas.

A sua visão comum do inevitável fim do mundo – não do planeta mas do modelo das relações humanas – e da ordem social e sua decadência, é hoje em dia dolorosamente sentida por todos nós. Por nós, que vivemos neste pós fim do mundo. Que vivemos em confronto com crimes e conflitos que deflagram diariamente por todo o lado com uma velocidade superior à capacidade ubíqua dos próprios meios de comunicação. Estes fogos rapidamente se esgotam e desaparecem das notícias, para sempre. E nós sentimo-nos abandonados, assustados e enclausurados. Não somos já capazes de construir torres, e os muros que esforçadamente levantámos deixam de nos proteger – pelo contrário, requerem eles próprios proteção e cuidados que consomem grande parte da nossa energia vital. Perdemos a força que nos permite vislumbrar para lá dos portões, para lá dos muros. E essa devia ser a razão de existir do teatro e é aí que devia encontrar a sua força. O canto íntimo que é proibido devassar.

“A lenda procura explicar aquilo que não pode ser explicado. Está ancorada na verdade, e deve acabar no inexplicável” – é assim que Kafka descreveu a transformação da lenda de Prometeu. Acredito profundamente que estas mesmas palavras deviam descrever o teatro. E é este tipo de teatro, aquele que está ancorado na verdade e encontra o seu fim no inexplicável, que eu desejo a todos os que nele trabalham, os que se encontram no palco e os que constituem o público, e isto eu desejo de todo o meu coração.»

Krzysztof Warlikowski

Fonte: GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, Intérpretes ou Executantes

quarta-feira, 18 de março de 2015

A figura profissional do animador de juventude

Na sequência da leitura das conclusões dos grupos de trabalho das II Jornadas de Educação Não Formal «Instrumentos de Validação de Competências Adquiridas em Contextos de ENF e Youth Work» promovidas pelo Conselho Nacional de Juventude e do discurso que possamos construir, é pertinente, perceber a dimensão social e política que a proclamada urgência da definição do conceito youth work assume no panorama nacional.

No documento «20 Propostas Jovens para Portugal» da responsabilidade do Conselho Nacional de Juventude, o conceito youth work é empregue com a nomenclatura animadores socioeducativos/ dinamizadores comunitários.

A Comissão das Comunidades Europeias no documento «Uma Estratégia da EU para a Juventude - Investir e Mobilizar - Um método aberto de coordenação renovado para a bordar os desafios e as oportunidades que se colocam à juventude» reporta a animação socioeducativa para o campo da educação não formal. O Tratado da União Europeia, Artigo 149º, n.º 2, aplica o termo animadores socioeducativos àqueles que realizam trabalho com jovens. 

Num post anterior, enumeramos as principais conclusões dos grupos de trabalho das II Jornadas de Educação Não Formal. As mais relevantes são sinalizadas com o necessário reconhecimento social e político do conceito youth work, do enquadramento legal e do trabalho desenvolvido pelo youth worker, formação, perfil, estatuto profissional e código de ética.

Numa breve análise, a discussão centra-se em questões particulares, quando na verdade, devemos olhar no global para depois centrar as atenções no particular. As preocupações expressas nas conclusões das Jornadas de Educação Não Formal são deveras importantes para a discussão permanente protagonizada pelos animadores socioculturais. No momento presente importa percebermos o alcance social e político do conjunto de reivindicações protagonizadas pelo movimento associativo.

A «Resolução do Conselho e dos Representantes dos Governos dos estados-Membros, reunidos no Conselho, sobre animação juvenil» evoca o papel da animação juvenil na formação integral e empoderamento dos jovens e reconhece o papel social da animação juvenil.

A Resolução da Assembleia da República n.º 2/2015, recomenda ao Governo que seja regulamentada a criação da profissão do animador de juventude, em harmonia com a condição do youth worker, incluindo-a no Catálogo Nacional das Profissões. é de louvara iniciativa do Parlamento que traduz o interesse nacional sobre esta matéria. A Resolução acrescenta novos dados para o debate e gera novos questionamentos. O reconhecimento legislativo da profissão do animador e a definição do estatuto legal do animador sociocultural não serão matérias suscetíveis do interesse político do Governo e social da sociedade civil?

Parece-nos ser consensual que a figura do animador de juventude seja integrado na família profissional do animador sociocultural. O perfil de animador de juventude não estará porventura agregado aos perfis dos animadores licenciados pelo ensino superior português?

Ao longo dos anos formaram-se pelas instituições de ensino superior animadores socioculturais, animadores socioeducativos, animadores culturais e educadores comunitários, animadores turísticos, entre outras nomenclaturas para uma mesma prática profissional, mas com diferentes planos de estudos. Ao que parece, houve uma falha formativa... «desvalorizou-se» a necessária formação de animadores de juventude... Ou, a formação em animação sociocultural não capacita os animadores com ferramentas metodológicas, saber científico e pedagógico (não formal) para o desenvolvimento de um trabalho especializado no âmbito da juventude?

As conclusões vinculadas nas Jornadas de Educação Não Formal são por si só, credíveis de debate e de uma aturada reflexão, mas estamos em crer que deverão ser refletidas à luz das questões epistemológicas da animação sociocultural, da formação dos animadores, da profissão e da necessidade de criação do estatuto e do código deontológico. Este é, certamente, um conjunto de itens que contribuem para a construção contínua de uma identidade socioprofissional.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

I Congresso Internacional - Animação Sociocultural, Gerontologia e Educação Intergeracional – Estratégias e Métodos de Intervenção para um Envelhecimento Ativo


A Intervenção - Associação para a Promoção e Divulgação Cultural promove nos dias 22, 23 e 24 de maio de 2015, na vila de Murça (no Auditório Municipal da Biblioteca), o I Congresso Internacional - Animação Sociocultural, Gerontologia e Educação Intergeracional - estarégias e Métodos de Intervenção para um Envelhecimento Ativo.

O congresso será constituído pelos seguintes painéis:

- Envelhecimento Ativo e Autonomia
- Animação Sociocultural na Terceira Idade: Cidadania e Participação 
- Animação Sociocultural na terceira Idade realidade portuguesa e perspetivas europeias
- Animação Sociocultural, Gerontologia e Deficiência na Terceira Idade
- As Artes como meio de Animação Sociocultural, Educação Intergeracional e envelhecimento ativo
- Animação Sociocultural, Gerontologia, Práticas Intergeracionais e Educação Intergeracional
- Relatos de Experiências de Animação Sociocultural e Educação Intergeracional
- O Animador Sociocultural Gerontólogo

domingo, 1 de fevereiro de 2015

As conclusões das II Jornadas de Educação Não Formal

A educação não formal é uma forma de aprendizagem que se desenvolve, paralelamente, ao sistema formal de ensino. É um processo educativo organizado e estruturado que possibilita aos intervenientes o seu desenvolvimento pessoal, capacitação para o exercício da cidadania ativa, valoriza a flexibilidade e está centrado nos aprendentes.

A educação não formal como espaço de aprendizagem social permite que cada jovem seja ator do seu próprio processo de desenvolvimento.

O Conselho Nacional de Juventude realizou no dia 10 de dezembro de 2014, as II Jornadas de Educação Não Formal que tiveram como objetivo refletir e reunir contributos sobre «Instrumentos de Validação de Competências Adquiridas em Contextos de ENF e Youth Work».

A nossa reflexão sobre esta temática tem pertinência na sequência da leitura das conclusões das jornadas que nos permitem refletir sobre questões atuais para a animação sociocultural e para os seus agentes.

O grupo de discussão sobre youth work aponta nas suas conclusões para medidas como a criação de um processo de mapeamento, por forma a perceber em que áreas ocorre o youth work; auscultação dos diversos intervenientes para a construção de um entendimento comum; realização de um estudo de diagnóstico; e mapeamento dos princípios e indicadores de qualidade.

O mesmo grupo de trabalho sublinha a necessidade de desenvolver políticas públicas nacionais direcionadas para o reconhecimento e desenvolvimento do youth work (criação de grupos de trabalho intersectoriais e criação de enquadramento legal); desenvolvimento de parcerias estratégicas envolvendo a sociedade civil, os decisores políticos e privados; e formação reconhecida.

Os desafios mapeados na área do youth work estão agregados à capacitação de atores (formação de ensino superior ao nível de licenciatura); falta de reconhecimento local e regional. Outro dos desafios está elencado ao termo de youth work – tem que ser impulsionado pelas organizações de juventude e terá que haver um trabalho conjunto para chegar aos decisores políticos; inexistência de estudos sobre o impacto do youth work; falta de estudos em Portugal sobre youth work; falta de padrões de como trabalhar para a juventude; reconhecimento formal e informal; e o reconhecimento por parte dos vários atores sociais da necessidade do youth work.

Sobre os youth workers, o grupo de trabalho questiona o papel destes agentes e a forma como intervém. Qual a formação que devem agenciar e desenvolver? A aspiração à progressão profissional, bem como, definir o conceito de youth worker; envolvimento dos youth workers na legislação; estatuto da profissão. Qual o perfil, o que é um youth worker de qualidade? Código de ética.

O grupo de discussão sobre youth work regista um aspeto fundamental para a afirmação social - «Não existirá reconhecimento social enquanto não houver este trabalho de conceptualização primeiro». Afirmam ainda, que é essencial definir as funções e competências do youth worker e criar um grupo de trabalho para apontar opções de tradução de youth worker envolvendo um conjunto de organizações de juventude e representação do Poder Local.

O grupo de discussão sobre instrumentos de validação de educação não formal aponta para a perigosidade da validação face à inexistência de um quadro teórico comum para a educação não formal, o que pode originar problemas para a validação. A possível perda de valores associados à educação não formal, ou seja, a de procura de aprendizagem de uma forma diferente da educação formal. Outro aspeto essencial é o foco da validação incidir na metodologia e não nos agentes; e o foco no produto (a certificação deve privilegiar o processo, a aprendizagem ao longo da vida).

O grupo de trabalho refere o papel do associativismo no processo de validação da educação não formal. As associações assumirem o papel mediador entre facilitadores - «facilitandos» e elementos de avaliação; as organizações juvenis como laboratório de experimentação; e a utilização da educação não formal no processo de aprendizagem não só dos participantes, mas também, da organização como garantia de democracia e de boa governação.