As políticas municipais de juventude constituem um desafio para
os decisores políticos. A planificação destas políticas têm sustentar-se na
democracia participativa, pelo exercício da cidadania ativa dos jovens e das
suas organizações, bem como, na transversalidade com outros domínios sectoriais
das políticas locais: cultura, educação, desporto, ação social, habitação, associativismo, emprego, ambiente, inclusão social e cidadania.
A «Declaração de Braga sobre Políticas Autárquicas de
Juventude» é assumida pela Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ)
como um referencial estratégico para a governação municipal em matéria de
políticas de juventude, que não poderá resumir-se à simples promoção de atividades
de entretenimento dos jovens, tem que alicerçar-se na cidadania participativa
da juventude, têm que responder cabalmente aos desafios e às necessidades dos
jovens.
Os conselhos municipais de juventude são excelentes
plataformas para a promoção do diálogo estruturado entre os jovens e os
decisores políticos, espaços de participação ativa das organizações juvenis, de
promoção e de educação para os valores da democracia.
É proposto que a orientação política de juventude do
município esteja alicerçada num conjunto arquitetado de vetores, nomeadamente, na
democracia participativa, na territorialização, na transversalidade, na
diversidade, na permeabilidade, na coresponsabilização e cogestão.
A «Declaração de Braga» identifica-se na enunciação de
princípios democráticos elencados na participação, na cidadania ativa, no voluntariado
jovem, no envolvimento dos vários agentes educativos formais e não formais, os
líderes juvenis como atores das políticas articuladas ao nível do planos
regional, nacional e europeu.
Recomendo aos animadores socioculturais, em especial, aos que trabalham com jovens, aos autarcas, às associações juvenis, aos jovens,
às organizações da sociedade civil e demais agentes com intervenção no domínio
da juventude a a leitura atenta do documento e a exercerem ativamente os princípios enunciados na «Declaração de Braga sobre Políticas Autárquicas de Juventude» e talvez, sejamos capazes de
iniciar um processo de diálogo estruturado e intersectorial, promotor do verdadeiro
referencial da ação política coletiva em matéria de políticas municipais de
juventude.
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