Páginas de Liberdade é o título do filme assinado pelo realizador Richard LaGravenese, que relata uma história sustentada em factos reais. Uma obra cinematográfica que recomendo, vivamente, aos Animadores Socioculturais.
O filme retrata a vida de um grupo de alunos de ensino secundário que frequenta um liceu, onde, à priori, os bons e os maus alunos são catalogados, razão assinada em função do meio social, económico e cultural de onde alguns protagonistas da acção, os alunos, provêem. Estes alunos estão estigmatizados pela pobreza, pela violência doméstica e das armas, uma realidade protagonizada pelos gangues, entre outras causas sociais vividas na primeira pessoa. Arrisco a dizer que são o "lixo da sociedade", com um percurso de vida definido por outros e irremediavelmente abandonados à sua sorte.
Páginas de Liberdade é um hino de louvor à capacidade de motivação, de mobilização de vontades, de capacitação de cada aluno como Homem autónomo e empenhado na construção do próprio processo de desenvolvimento pessoal e colectivo. É dinâmica imprimida num processo de (des)envolvimento de um espírito crítico e de construção de instrumentos transformadores da própria realidade social, em que estavam socialmente mergulhados e condenados pela comunidade. A professora Erin Gruwell foi capaz de devolver-lhes a dignidade humana, de formar um grupo coeso, capaz de partilhar objectivos comuns, de trabalhar para o colectivo e não alimentar, um pensamento derrotista e individualista.
A história do filme é uma lição para nós, Animadores. Ele transmite uma mensagem de esperança e alimenta a ideia de que é necessário despertar em cada pessoa, o valor da humanidade e do potencial do trabalho colectivo, da afirmação da sua identidade e da necessidade da aprendizagem permanente, sem negar a história de vida de cada indivíduo.
2 comentários:
Concordo com a sua abordagem do filme, e reafirmo-o para cada educador social.Nos dias que decorrem necessitamos de levar as pessoas a reconhecer o seu potencial e a trabalhar nele, gerando assim uma sociedade mais autonoma e responsável.
Olá!
A valorização do potencial humano é uma meta que deve estar nos nossos horizontes. Acredito que cada Homem pode fazer a diferença na nossa sociedade. Importa para isso, compreender, incentivar, acompanhar cada indivíduo, mas mais importante é ajudar a construir um projecto de vida.
Albino Viveiros
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