Qualquer tipo de abordagem e tentativa de oscultação dos movimentos partidários sobre as questões actuais da Animação e uma das preocupações centrais dos Animadores é uma tarefa corajosa e um desafio para as associações que tomam em mãos, aliciante projecto. Um desafio no sentido de definir, à priori, um percurso sustentado num diálogo pedagógico e sensibilizador, que perspective a definição de uma estratégia de abordagem ao poder político, sobre a percepção que este tem acerca da Animação e dos Animadores Socioculturais.
Entendo que o maior desafio está na oscultação dos movimentos político-partidários sobre a figura do Animador Sociocultural e da importância que este assume na concretização de políticas sectoriais (cultural, educativa, social, entre outras) de mudança com a comunidade, sem deixar ao acaso, "velhas" reivindicações. Uma tarefa que a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC) procurou empreender junto dos partidos. Esta odisseia exige uma leitura séria e desapaixonada da questão central - a percepção político-partidária da Animação e dos Animadores Socioculturais - que é motivadora de manipulação e partidarização da figura profissional do Animador Sociocultural, enquanto agente de proximidade na agilização de processos de mudança e mediador comunitário, no sentido deste ser um possível "mensageiro" de um discurso político-partidário.
A triologia - Animação, Animadores e Poder Político - é sem dúvida uma relação quotidiana de proximidade e de conflito com a ética no exercício de funções dos Animadores Socioculturais.
É sabido que muitos Animadores exercem a profissão em instituições públicas directamente ligadas ao Poder Local, as autarquias. Outros exercem em instituições privadas, onde também, e muitas vezes, a política partidária dita as regras e a tomada de decisões.
O exercício da Animação Sociocultural no âmbito das autarquias (no sector público são as que têm maior capacidade de empregabilidade de Animadores) é um repto permanente na afirmação e consolidação da profissão de Animador Sociocultural. Há um desafio diário na construção de verdadeiras práticas de Animação como metodologia de intervenção sociocultural numa dimensão pedagógica e participativa dos grupos na vida local.
A praxis da Animação Sociocultural não pode estar desligada de um projecto político, de um projecto de cidadania participativa, mas pode e deve estar desligada de ambições e influências partidárias. Aqui reside o maior desafio da coexistência da Animação Sociocultural e o poder político, uma relação que os Animadores saberão mediar profissional e éticamente.
3 comentários:
Olá Albino,
Estão abertas as inscrições para o I CONCURSO NACIONAL "MELHOR BLOG DE ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL 2009", uma organização da Direcção Nacional da APDASC. Todas as informações podem ser encontradas no blog oficial do concurso em http://melhorblogasc2009.blogspot.com/.
Conto com a tua participação!
Um abraço.
Carlos Costa
é O concurso nacional de animacao socio cultural un bon estimulo,pode ser muito boa a participacao.
Agora eu nao pode concursar,so extranjero é para nacionais de portugal. okey,ta bem.
Eu no falo portugues,so español.
Olá José!
É uma iniciativa que pretender estimular a participação e o envolvimento dos Animadores através das novas ferramentas de comunicação e informação.
No futuro a APDASC pode ter a iniciativa de alargar o espaço de participação a blogs estrangeiros que abordam a temática da Animação. Seria uma mais valia e uma forma de conhecer outras realidades, onde a Animação Sociocultural também assume um papel de intervenção relevante no desenvolvimento comunitário.
Fica o desafio!
Um abraço,
Albino Viveiros
Enviar um comentário