O potencial turístico associado à cultura é a força motriz na dinamização económica de uma comunidade e de atrativo para um território. É fundamental pensar um plano de promoção turística com respeito pelos ativos culturais locais e regionais, no sentido de esses ativos serem a alavanca para o desenvolvimento integrado do território, das suas gentes e do turismo cultural como aposta política racional. Podemos considerar como um dos ativos culturais o património cultural material e imaterial.
Pensar o turismo no território cultural municipal exige uma reflexão aturada e uma partilha comum de objetivos para que, o plano de desenvolvimento turístico, não seja um documento de intenções políticas, mas um referente estratégico de envolvimento e participação da sociedade civil. Pensar o turismo implica diálogo com os atores locais, exige envolvimento e ações qualificantes dos ativos culturais.
O binómio cultura e turismo remete o processo para um campo de ação que será mais profícuo do ponto de vista do envolvimento da comunidade, da ideia de participação ativa dos turistas e visitantes, se estiver alicerçado num processo comunicativo que envolva e qualifique o tecido sociocultural.
Há que projetar a cultura no turismo. Esta divisa é política, social, económica e cultural, mas mais importante, é a perceção real e efetiva que a cultura desempenha na alavancagem da economia local, na participação da comunidade no seu próprio processo de desenvolvimento económico, na afirmação das identidades e na promoção da cultura local.
É de fulcral importância desenvolver as potencialidades turísticas virgens dos pequenos municípios, que por razões geográficas, económicas e de estratégia política menos acertada, remeteram os territórios para uma segunda linha de desenvolvimento endógeno. Hoje há que potencializar outros modelos de desenvolvimento comunitário.
A promoção cultural e turística através de eventos socioculturais qualificantes, genuínos na participação comunitária, projetores da história e da cultura locais são um veículo de desenvolvimento do território, de fixação da população, de gerenciamento de riqueza e de valorização da identidade do lugar e das suas gentes, e dos ativos culturais.
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