O Dia Internacional do Voluntariado foi proclamado a 5 de dezembro de 1985, pela Organização das Nações Unidas (ONU). A Confederação Portuguesa do Voluntariado divulgou uma mensagem alusiva à efeméride.
«Nestes últimos anos a crise económica e financeira tornou-se o centro das preocupações de toda a sociedade portuguesa. De uma maneira ou de outra, todos fomos afetados e, de certo modo, despertámos a nossa consciência para muitos cidadãos e cidadãs que vivem numa situação reveladora de empobrecimento.
Para muitos a presença dos voluntários e voluntárias é sinónimo de estima, amizade, conforto, atenção. Os voluntários e voluntárias oferecem, com o seu compromisso e criatividade, uma resposta às necessidades da nossa sociedade quotidiana. Por muito pequeno que pareça o contributo, a verdade é que ele faz toda a diferença. Depois de, no ano de 2011, termos vivido intensamente a temática do voluntariado parece que só faz sentido falarmos agora de cidadania. Como se depois de um grande impulso de participação cívica na organização desta grande "casa" que habitamos, pudéssemos agora arrumá-la e cimentar ideias, projetos e iniciativas.
Hoje celebra-se esta dádiva, a da entrega gratuita ao outro. Celebra-se a disponibilidade, o serviço e a solidariedade como valores de cidadania essenciais à sociedade para a construção do bem comum.
Parece claro a toda a sociedade e às estruturas de poder que o voluntariado é uma forma única de estar em comunidade. Faltará, por certo, muito caminho a fazer para todos nós. Voluntários, organizações, empresas, comunidades escolares, governos. Todos temos de perceber que o voluntariado ultrapassa as barreiras do envolvimento temporário. Ser voluntário é colocar ao serviço do bem comum o tempo, as capacidades, os recursos e isto também deve ser reconhecido por todos e exige um envolvimento comprometido de todas as partes que beneficiam deste trabalho, muitas vezes, silencioso.
Saudamos todos os voluntários e voluntárias que, nas mais diversas áreas da nossa sociedade e com as mais diversas inspirações ideológicas ou crenças, generosamente se entregam, se gastam e se envolvem, diariamente, num trabalho que serve de exemplo a todos. Bem hajam.»
(Eugénio José da Cruz Fonseca)
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