O Dia Internacional da Juventude é celebrado no dia 12 de agosto. Apesar de volvidos alguns dias, parece-nos importante e atual divulgar a mensagem da diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, a assinalar a efeméride.
«Os jovens representam hoje quase um terço dos migrantes
internacionais. Essas migrações redirecionam o mapa do mundo e a face da
sociedade moderna. Elas representam um imenso potencial de reaproximação dos
povos, do diálogo intercultural e de desenvolvimento. No entanto, elas também
provocam um imenso desafio em termos de exclusão, de pobreza, de exploração ou
de discriminações.
É vital conhecer melhor as realidades complexas dessas migrações,
conceber as políticas públicas para que sejam mais adequadas e mais eficazes. A
pesquisa em ciências sociais são de importância decisiva. Elas mostram as
evoluções surpreendentes de fluxos migratórios ao longo dos últimos 20 anos:
mais numerosos, mais femininos e mais jovens. O Dia Internacional da Juventude
dedicado aos migrantes jovens coincide justamente com o lançamento do Relatório
mundial da juventude sobre este tema, que traz um esclarecimento original sobre
o impacto dos jovens migrantes no futuro das nações.
Para liberar o potencial dos jovens, devemos considera-los como
parceiros de primeiro plano na concepção e na implementação de políticas que
lhes concernem. Novas ferramentas aumentaram nossos métodos de consulta, de
participação e de diálogo: vamos usá-las, então! A Conferência Nacional sobre a
Migração de Jovens e o Desenvolvimento, em Chennai (Índia), em cooperação com a
UNESCO, é um exemplo de evento sobre mudanças que permite aos jovens e aos
pesquisadores de compartilhar suas experiências, como outros eventos similares
que aconteceram este ano em Samoa sobre emprego para jovens, na Rússia sobre o
diálogo intercultural, no Quirguistão sobre jovens mulheres migrantes… No mesmo
espírito, e tenho o prazer de anunciar que o 8° Fórum de Juventude da UNESCO
acontecerá na sede da Organização, em Paris, de 29 a 31 de outubro de 2013.
Para que todos os jovens de mobilizem para defender seus direitos: a jovem
Malala Yousafzai, que lutou pela educação de meninas é um exemplo. Vamos
dar-lhes meios de se fazerem compreendidos!
A intensidade dos movimentos migratórios em um mundo globalizado e
conectado clama por uma cooperação mais forte e solidária entre os Estados.
Exige também, no interior das sociedades, que haja mais acesso à educação de
qualidade, à participação democrática e a competências interculturais, que
ajudam a viver juntos, especialmente nas cidades, onde vive mais da metade da
população mundial.
Quer pela rejeição à pobreza, pelos perigos de aquecimento
climático, pela aspiração a uma vida digna ou pelo respeito de seus direitos,
milhões de jovens desejam construir um futuro melhor além de suas fronteiras.
Eu peço neste dia aos parceiros da UNESCO e a todos os Estados-membros a unirem
seus esforços para fazer dessa energia considerável uma força e um ativo para a
paz, o desenvolvimento e o respeito aos direitos do indivíduo.»
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