domingo, 18 de novembro de 2012

A vitalidade e a diversidade no contexto da animação sociocultural

A alguns anos a esta parte, têm-se fomentado os espaços de reflexão e debate coletivo sobre a animação sociocultural, mas também, surgiram projetos editoriais importantes que têm fomentado a participação ativa de vários agentes socioculturais na produção teórica e na reflexão das práticas de intervenção educativa e sociocultural que materializam-se no concreto da cidadania ativa.

É verdade que muitos de nós continuam agregados a uma preocupação comum a muitos animadores socioculturais, não menos verdade, são as condições socioprofissionais dos agentes da animação que têm-se revelado uma preocupação real de alguns «militantes» da animação sociocultural. Um grupo ao qual pertenço orgulhosamente. Estou em crer ser necessário «exorcizar» um projeto que tem sido refundado por diferentes estruturas associativas de animadores para que possamos avançar para questões concretas e reais no campo epistemológico da animação sociocultural no século XXI.

Há algumas estruturas associativas de animação com um trabalho sustentado nas dinâmicas comunitárias, um trabalho revelador da vitalidade e diversidade na ação e na compreensão do conceito epistemológico de animação sociocultural. Os congressos, encontros, colóquios e outras adjetivações é um contributo para a formação e para a construção de um discurso social sobre a profissão e as práticas de intervenção educativa e sociocultural. A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural – Delegação Regional da Madeira publica anualmente a Revista Práticas de Animação, um projeto editorial que reúne um conjunto diversificado de trabalhos centrados no papel da animação sociocultural. Outros projetos editoriais têm sido dados à estampa, o que revela o dinamismo e a criatividade dos animadores portugueses em tempo de austeridade.

As políticas públicas executadas ao longo de décadas no nosso país exige uma séria e metódica revisão de prioridades. Vivemos um período de grandes e específicas mutações sociais, económicas e políticas. É oportuno e urgente encetar um debate aberto e franco, ouvindo os atores sociais e compreender que políticas de intervenção poderão ser desenhadas à luz da animação sociocultural, perspetivando uma participação ativa e comprometida dos animadores num processo transformador da realidade social, cultural e política do país. Este é um desafio para os Animadores que acreditam na esperança.

Sem comentários: