sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Declaração dos Participantes no Seminário Nacional República e a Juventude

No âmbito das comemorações do Centenário da República, o Conselho Nacional de Juventude promoveu o Seminário Nacional República e a Juventude que decorreu em Almada, entre os dias 2 e 4 de Outubro, do qual saiu uma Declaração subscrita pelos participantes. Os jovens subscritores, conscientes da responsabilidade representativa da juventude portuguesa vêem os valores republicanos como princípio basilar para uma reflexão crítica conjunta sobre a participação activa e o papel de protagonistas para o qual são convidados a assumir na transformação social.

A declaração dos participantes enuncia âmbitos de intervenção perante os quais os jovens devem assumir um pensamento crítico, interventivo e transformador. O associativismo e a participação juvenil são premissas base para uma acção activa dos jovens na vida comunitária e, consequentemente, factor de reforço dos espaços que promovem essa participação. As associações continuam a ser escolas de democracia, de formação cidadã e promotoras de igualdade de oportunidades no acesso aos palcos da discussão colectiva sobre temáticas que de outra forma a juventude dificilmente teria acesso ao debate.

A educação é vector estratégico do desenvolvimento social, cultural e económico do país. É necessário e urgente assegurar e promover o acesso de todos, incluindo as minorias que continuam a crescer e a ser minorias à Escola Pública reivindicada pelo Governo e sustentada nos ideais republicanos. É responsabilidade das instituições públicas, entre ela a escola, a garantia efectiva da aprendizagem ao longo da vida. Uma aprendizagem que encontra eco na educação não formal, prática educativa que pode e deve contribuir significativamente para a formação de cidadãos activos e críticos perante as realidades sociais.

A cidadania constrói-se através de processos contínuos de aprendizagens pelo exercício consciente e educador da participação individual e colectiva em favor de mudanças sociais; tarefa permanente que exige abordagens multidisciplinares e de envolvência da sociedade no seu próprio processo de desenvolvimento e transformação comunitária. O diálogo cooperante e institucional entre os diferentes organismos públicos e o sector privado é instrumento fecundo de renovadas políticas de inclusão que premeie a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

A promoção da diversidade cultural é um princípio de uma sociedade democrática. Este princípio deve ser trabalhado com os jovens em vários âmbitos da educação formal e não formal, promovendo sempre um diálogo cooperante e respeitador das diferenças e orientações de cada indivíduo. Os valores republicanos devem integrar as acções previstas nas políticas de juventude premiando a participação, a envolvência democrática e consciente dos jovens nos mais variados sectores de decisão da vida juvenil comunitária.

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