quarta-feira, 31 de outubro de 2007

ANIMUSFÓRUM

Animusfórum é nome do fórum sobre Animação da responsabilidade da APDASC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural, tal como já haviamos feito referência nest blog.

O nome resultou de uma série de sugestões feitas pelos participantes do fórum, as quais estiveram a votação nesse espaço virtual.

Uma vez mais, apelamos à participação no fórum, pois, é do livre debate de ideias que se poderá avançar com acções mais precisas e que possam ir de encontro às revindicações e necessidades dos Animadores.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Estatuto, Carreiras, Código Ético e Deontológico do Animador

Não me sinto só, pois, há sempre alguém que partilha de alguma forma das minhas preocupações, convicções, enfim das minhas modestas ideias, relativamente à necessidade de um debate sério e esclarecedor; um espaço onde se discuta abertamente a centralidade do tema - Estatuto, Carreiras, Código Ético e Deontológico do Animador.

Este debate ou reuniões sectoriais se preferirem, deve ser realizado com as estruturas associativas representativas dos cursos técnico-profissionais e superiores de Animação, com as direcções dos cursos cujas nomenclaturas proliferam como cogumelos e ao gosto de outros tantos. Este primeiro encontro deverá permitir ouvir quem interessa efectivamente - os Animadores. Aqueles que continuam no anónimato, na sombra, num silêncio que me assusta sempre que "grito" em seu favor e alguém "manda-me" calar.

É preciso sermos "bons alunos" e fazermos o trabalho de casa que consiste em apresentar ideias concretas, explicitar o que desejamos em matéria de Estatuto, Código Ético e Deontológico. Parece-me que estamos a perder o fôlego num combate que ainda nem começou, urge uma participação mais activa e empenhada, uma cidadania comprometida com as questões associativas e sociais em matéria de defesa dos interesses colectivos dos Animadores.

Não podemos ficar por encontros sectoriais. É fundamental reunir com os sindicatos com certeza, eles terão uma palavra a dizer, pois, é importante a conquista de apoios, a solidariedade institucional, ouvir críticas e sugestões que possam contribuir para a melhoria da Proposta do Estatuto do Animador e então, avançar para um diálogo com as estruturas governamentais.

Vivemos na (in)certeza do que acontecerá com a extinção das várias carreiras de Animador que actualmente figuram no quadro da Administração Pública. Mas, esta realidade não pode ser pretexto, nem sinónimo para a nossa inércia sobre esta matéria.

Deixem-me viver plenamente a minha cidadania, a minha quota de democracia. Deixem-me ser um Animador Sociocultural, num país onde desejo que a minha profissão seja reconhecida pelas instituições acreditadas para esse efeito.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Curso de Animação Sénior

A UPAJE - União para a Acção Cultural e Juvenil Educativa promoverá entre os dias 12 e 18 de Novembro próximo, a acção de formação - Curso de Animação Sénior que tem como principais finalidades, proporcionar condições e facilitar instrumentos aos animadores séniores, no sentido de:

. Reconhecer a importância da animação na 3.ª idade;
. Planificar e desenvolver de forma adequada técnicas de animação de grupo no trabalho com a 3.ª idade;
. Planificar e desenvolver de forma adequada actividades de animação/ ocupação na 3.ª idade.
. Formar animadores capazes de desenvolver e enquadrar actividades dirigidas ao público sénior.

Estrutura Curricular

- 1. O Sénior na Sociedade
- 2. Alterações Fisiológicas do Sénior
- 3. Psicologia do Envelhecimento
- 4. Cuidados Alimentares
- 5. Contacto Intergeracional
- 6. Dinâmicas de Grupo
- 7. Actividades Seniores
- 8. Gestão de Projecto e Trabalho de Projecto

Datas

A acção de formação decorrerá no período de 12 a 18 de Novembro de 2007, apresentando a seguinte estrutura:

- 12, 14 e 16 de Novembro (das 19h00m às 22h30m).
- 17 e 18 de Novembro (das 10h00m às 18h00m).

. A acção está limitada ao número de 25 participantes.

Local

O Curso de Formação decorrerá nas Instalações do ISCTE (Entrecampos) – Edifício II (sala a agendar). As sessões de dia 17 (Sábado) e dia 18 (Domingo), decorrerão nas instalações da UPAJE (Alfragide).

Inscrições e Informações: www.upaje.pt

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A formação em Animação Sociocultural no Catálogo Nacional de Qualificações

O Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) é um instrumento dinâmico de gestão estratégica das qualificações nacionais de nível não superior, de regulação da oferta formativa de dupla certificação e de promoção da eficácia do financiamento público, que integra referenciais de qualificação únicos para a formação de dupla certificação e para processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC).

Os objectivos do CNQ são:

- Promover a produção de competências críticas para a competetividade e modernização da economia e das organizações (qualificações de nível I,II,III,IV);
- Facilitar a construção de percursos de aprendizagem que assegurem a progressão escolar e profissional;
- Permitir o reconhecimento das qualificações independentemente das vias de acesso;
- Contribuir para o desenvolvimento de um quadro de qualificações legível e flexível que favoreça a comparabilidade das qualificaçãos a nível nacional e internacional.

O CNQ congrega mais de duas centenas de qualificações (entre profissões regulamentadas e não regulamentadas) distribuídas pelas quarenta áreas de educação e formação e apresenta o Perfil Profissional e o Referencial de Formação para a respectiva qualificação.

De acordo com o documento on-line que descreve o Perfil Profissional do/a Animador/a Sociocultural (nível de formação III), a actividade deste agente está integrada no âmbito do Trabalho Social e Orientação, sendo o objectivo global do Animador/a a promoção do desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, coordenando e/ou desenvolvendo actividades de animação (de carácter cultural, educativo, social, lúdico e recreativo).

A formação em Animação Socioultural está organizada em duas partes: a Formação de Base (Unidades de Competência) e a Formação Tecnológica (Unidades de Formação de Curta Duração - UFCD), sendo o referencial da modalidade de desenvolvimento do respectivo curso a Educação e Formação de Adultos e a Formação Contínua.

No quadro das UFCD destaco as que me parecem que de alguma forma deviam ser contempladas nos cursos de Animação Sociocultural (cursos de nível Técnico-profissional e de Licenciatura) ou, fica aqui o desafio, as Associações de Animadores tomarem em mãos a iniciativa de organizarem tais formações: História da Animação Sociocultural, Animação Sociocultural e deontologia, Animador - perfil e estatuto profissional, Animação Sociocultural - contextos e práticas, intervenção em espaços culturais e associativismo e Animação.

Ainda de acordo com o Referencial de Formação as competências do Animador/a Sociocultural dividem-se em três áreas: Saberes (Noções de ...; Conhecimentos aprofundados de ...), Saberes Fazer, Saberes Ser.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

"Animadores precisam-se, mas..."

Acredito e defendo que a conscientização para a Animação Sociocultural e a dignificação do Animador deverão assentar num processo contínuo de conscientização das instituições e dos múltiplos agentes que quotidianamente trabalham pela afirmação de uma presença efectiva e valorizada em contexto institucional e no seio da comunidade.

A este propósito o editorial da Revista Rugas, na edição n.º 6, II série, Outubro 2007 (edição da Madeira) assinado pelo seu director Paulo Santos, reflecte da necessidade de Animadores Socioculturais nos Centros de Dia e nos lares, uma necessidade que é vista por alguns responsáveis institucionais como um recurso dispensável do quadro de recursos humanos. Uma visão ditada pelo orçamento ou pela falta de visão estratégica de desenvolvimento de um projecto sociocultural desenhado para a população idosa.

A Revista Rugas dedica ainda uma página com informações úteis para os Animadores Socioculturais, nomeadamente, a divulgação do Forum on-line sobre Animação em http://apdasc.forumvila.com/index.php?mforum=apdasc da resposnabilidade da APDASC; divulgação do novo website da CASCA - Cooperativa de Animadores Socioculturais e Afins, CRL e publicita a admissão de estudantes dos cursos superiores e profissionais de Animação em regime de estágios curriculares na APDASC.

Pareceu-me importante deixar aqui um apontamento sobre aquele que deverá ser um processo permanente de consciencialização comunitária para a Animação Sociocultural.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A inclusão social através da Arte

Recentemente li uma reportagem jornalística que abordava o papel da arte enquanto forma de ajudar crianças em risco no processo de inclusão social na Madeira. Artistas plásticos destacados pela Secretaria Regional de Educação e Cultura exercem funções docentes em contexto não formal, numa instituição de acolhimento de crianças com problemáticas sociais.

É neste ambiente de educação não formal, uma escola diferente, um espaço que promove a criatividade de cada criança através do trabalho criativo, que as ajuda mutuamente na partilha de experiências, na criação de relações de amizade e de companheirismo . É através da arte que os dois artistas plásticos procuram desenvolver competências sociais nas crianças e adolescentes, capacitando-as para as potencialidades da arte como meio de interacção, inclusão e expressão.

É nos atelieres da instituição de acolhimento, longe do âmbito formal da outra escola, que os pequenos artistas plásticos expressão a sua criatividade, os seus sonhos, que aprendem a olhar a vida de forma diferente. Aqui, ganham competências em contexto de educação não-formal, através das actividades extra-curriculares. O objectivo deste projecto é criar competências sociais através da pintura e da escultura, mas acima de tudo, criar auto-estima nos meninos e meninas a quem a vida trocou as voltas.

"É preciso ensinar, a recriar, a fabricar, a perder o medo, mesmo de errar até porque, de certa forma, a expressão plástica intimida, até mesmo os adultos".

O projecto saiu à rua e com criatividade transformou a ordem social, conceitos e regras pré-estabelecidas numa tela pintada pelas crianças e professores. A sinalética igual a tantas outras, despida de indentidade foi desenhada pelo grupo com criatividade numa presença constante do lúdico, uma forma diferente de encaminhar os visitantes e sinalizar as ruas. Também pintaram a parede da cozinha com tachos, enfim, deram vida a espaços outora sem identidade e sem vida.

É um convite à criatividade...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Número 0 da Revista Práticas de Animação

Já se encontra on-line o número 0 da revista Práticas de Animação. Trata-se de uma publicação periódica anual editada pela Delegação Regional da Madeira da APDASC.

A revista Práticas de Animação é composta por três secções: Artigos, práticas de animação e leituras.

A secção artigos é o espaço preferencial para a publicação de trabalhos de investigação, no domínio dos temas que a revista se propõe abordar e de acordo com o público-alvo. Práticas de Animação é a secção orientada para a publicação de trabalhos com conteúdo mais prático, nomeadamente projectos desenvolvidos no quadro de intervenção socioeducativo e cultural. A secção leituras é um espaço reservado à publicação de resenhas bibliográficas e divulgação de obras que abordem temáticas relacionadas com a Animação Sociocultural, o tempo livre, a intervenção social, entre outras áreas que se considere com especial enfoque para os potenciais leitores da revista Práticas de Animação.

A revista tem como objectivos a divulgação da Animação Sociocultural através das suas diversas práticas educativas e culturais; contribuir para a construção de um espaço de debate e reflexão sobre a Animação em Portugal; possibilitar que Animadores e outros profissionais possam contribuir para a afirmação de novos projectos associativos no âmbito das práticas de Animação Sociocultural; reunir ideias e opiniões sobre teorias e práticas da Animação, lazer e recreação, do desenvolvimento comunitário e da pedagogia, estimulando os animadores e otros agentes de intervenção a participar activamente num projecto colectivo.

http://revistapraticasdeanimacao.googlepages.com

terça-feira, 2 de outubro de 2007

A Educação Não-Formal

A educação não-formal é um processo de aprendizagem social centrando no formando, através do desenvolvimento de actividades que têm lugar fora do sistema formal. A educação não-formal é um processo voluntário de aprendizagem e de "educação fora da escola". Ela pode desenvolver-se nos mais variados espaços.

São áreas de abrangência ou de actuação da educação não-formal o processo de conscientização dos indivíduos para a compreensão dos seus interesses e do meio social que os envolve, pela participação em actividades grupais; a capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou o desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objectivos comunitários visando a solução de problemas colectivos, a par da aprendizagem dos conteúdos do processo educativo formal em formas e espaços diferentes.

A educação-não formal é um processo voluntário não hierarquizado que encontra terreno fértil para o desenvolvimento de práticas educacionais no âmbito do trabalho comunitário social ou juvenil, nos projectos de voluntariado abrangidos pela actividdade associativa ao nível local, nacional e/ou internacional. Nesta abragência de espaços encontramos múltiplas formas de desenvolvimento de processos de educação não-formal.

Há valores sociais e humanos que são intrínsecos à educação não-formal e à Animação Sociocultural. São eles: os direitos humanos, a tolerância, a promoção da paz e da justiça social, a busca da igualidade de oportunidade para todos, o diálogo intercultural e religioso, a promoção de uma cidadania activa e de inclusão social.