quinta-feira, 28 de junho de 2007

Pós-Graduação em Animação e Educação

Animação e Educação é um curso de especialização (Pós-Graduação) promovido pela Universidade Portucalense que visa a criação de formas de sustentação de uma área científica que, em Portugal, começa a ser significativa e estratégica - a da Animação em colaboração com a Educação.

Do plano de estudos fazem parte as seguintes disciplinas: Políticas Educativas, Sociologia e Educação, Desenvolvimento de Projectos de Animação Criativos e Inovadores, Novas Tecnologias Educativas e Animação Sócio-Pedagógica dos Tempos Livres, Técnicas de Dinâmica de Grupo e Projecto de Animação.

O curso tem início previsto para Outubro de 2007.

Mais informações podem ser obtidas em http://www.upt.pt/

terça-feira, 26 de junho de 2007

Ainda a propósito do Estatuto do Animador

A minha amiga Prof. Teresa Norton, autora do blog Miscellaneous por Teresa Norton afirma que um blog acaba por ser um monólogo entre quem o dinamiza e as dezenas de pessoas que o visitam. A contrariar tal afirmação está o post que coloquei anteriormente - Estatuto do Animador, que com certeza tem provocado a reflexão de outras pessoas que como eu acreditam na Animação Sociocultural, indivíduos que diariamente se empenham em prol da afirmação e defesa da identidade do Animador, numa militância anónima, mas, consciente de que é chegado o momento de agir em favor de uma causa comum.

A minha curta experiência de vida ensinou-me que em determinados momentos da azafama em defesa de um ideal, não podemos esperar que outros se juntem a nós no imediato, não podemos recear o futuro.

Acredito que um Homem se realiza na luta por ideais, quando actua em circunstâncias adversas em favor de centenas de companheiros.

E porque não sou só eu a acreditar que é possível, convido a visitar o blog do Prof. Doutor Avelino Bento ExDra-Animação » Expressão dramática, teatro e animação cultural e a ler o post "AH! POIS, AS CONDIÇÕES…"

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Estatuto do Animador

Na minha perspectiva o Estatuto do Animador Sociocultural é um tema sempre actual, uma velha aspiração de muitos Animadores, talvez, tenhamos perdido o entusiasmo, o sentimento de luta ou até secundarizado o tema.

É responsabilidade de todos nós o desenvolvimento de um processo activo, participado por muitos, mas, é provável que só "meia dúzia" de Animadores estejam conscientes da importância de uma jornada de sensibilização, de diálogo e da necessidade de manter acessa a chama da esperança em conseguirmos definir em parceria com as entidades competentes em matéria laboral, o Estatuto do Animador Sociocultural.

Pessoalmente, penso que o debate aberto e esclarecedor acerca deste tópico é diginificar a profissão do Animador. Felizmente, há centenas de Animadores Socioculturais formados, no âmbito dos cursos de nível técnico-profissional e de grau de licenciatura devidamente reconhecidos pelo Estado (Ministério da Ciência e do Ensino Superior); há matéria produzida acerca do exercício da Animação Sociocultural em Portugal, agora, o desafio é procurar dialogar com as instituições democráticas governativas no sentido, de criarmos uma plataforma de sinergias em torno de uma causa comum - o Estatuto do Animador Sociocultural.

Dos meus primeiros contactos com Animadores Socioculturais, pessoas que na minha opinião são uma referência no mundo da Animação em Portugal, uma das suas preocupações sociais era a necessidade se criar um Estatuto do Animador. Hoje o debate esfumou-se na emergência de outras problemáticas, de novos desafios, talvez, contribuiu para esta situação a estabilidade profissional e a ausência de um sentimento de pertença e de cooperativismo.

Esquecemo-nos dos outros Animadores... Esquecemo-nos de dignificar um passado recente comum a todos nós.

terça-feira, 19 de junho de 2007

I Encontro Nacional de Dirigentes da APDASC

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC) instituição sem fins lucrativos, de âmbito nacional sedeada na Vila de Cucujães (freguesia do Concelho de Oliveira de Azeméis), vai levar a efeito nos dias 13, 14 e 15 de Julho de 2007, na Vila de Cucujães, o I Encontro Nacional de Dirigentes da APDASC, em colaboração com o Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 24, o Grupo ANDAR (www.andar.cc) e a Cruz Vermelha Portuguesa/Núcleo de Cucujães.

Este evento tem por objectivos favorecer processos de aperfeiçoamento da APDASC; impulsionar a animação em Portugal (nas suas modalidades social, cultural e educativa); proporcionar momentos de convívio e descoberta intra e interpessoal.

Mais informações em www.apdasc.com

sábado, 16 de junho de 2007

"Animar e entreter o Povo"

O título deste post não é original, encontrei-o numa frase do artigo de opinião "Machico ganha através da escola" publicado no Diário de Notícias da Madeira, da edição do passado dia 15 de Junho. Uma reflexão pessoal, aberta e crítica, uma posição que admiro em qualquer pessoa, de qualquer credo ou quadrante partidário.

Infelizmente, estas características não são "tábua de salvação" para ninguém, muito menos, quando alguém se dá ao luxo de criticar um processo que desconhece e no qual, todos nós implicados nestas coisas da Animação Sociocultural, consequentemente, da democracia cultural e da participação dos cidadãos na vida municipal em matéria de cultura e educação procuramos, diariamente, desenvolver um processo que desemboque em práticas contínuas de educação para a cultura com a comunidade local, procurando envolver todas as forças vivas do concelho nessa dinâmica social.

Infelizmente, na Região Autónoma da Madeira não há uma consciência política pública para um plano de desenvolvimento sustentável no âmbito sociocultural de um município - uma política cultural municipal. Na minha opinião, enquanto, Animador Sociocultural a desempenhar funções numa autarquia da Região Autónoma da Madeira, é que os municípios estão apetrechados de infra-estruturas culturais e recursos humanos qualificados no âmbito dos seus serviços culturais para definirem e concreterizar uma política de desenvolvimento sociocultural local. Falta sim, vontade política para que isso aconteça.

Talvez, se deva colocar a questão: Animar ou entreter o Povo? Defendo e sempre defenderei a Animação, enquanto, um processo dinâmico gerador de consciências críticas, de participação e, consequentemente, de processos activos de criação cultural, de democratização de práticas culturais que em muitos lugares continuam a ser institucionalizadas. E é neste quadro de intervenção que as autarquias devem comprometer-se com a cultura e os cidadãos.

"Entreter" o Povo é tentar enganá-lo, é um acto irreflectido que acabamos por pagar amargamente. Animar o Povo é desenvolver projectos culturais sustentados na realidade local e nos recursos territoriais disponíveis, é sim exercitar um acto de cidadania com as colectividades locais e com as instituições educativas, é fazer ou tentar desenvolver uma prática de Animação Sociocultural.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Educação Ambiental

A Delegação Regional da Madeira da APDASC assinou um protocolo de colaboração com a Valor Ambiente – Gestão e Administração de Resíduos da Madeira, S.A., o qual visa definir uma colaboração entre a Valor Ambiente e a APDASC, no âmbito da promoção e realização de actividades de educação e sensibilização ambiental na área de actuação da Valor Ambiente, na Região Autónoma da Madeira.

A iniciativa conjunta privilegia a empregabilidade em part-time de quatro Animadores Socioculturais, os quais, desempenharão funções de monitores de actividades de educação e sensibilização ambiental.

Para a Direcção da Delegação Regional da Madeira, este protocolo é o reconhecimento do trabalho transdisciplinar que os Animadores Socioculturais poderão vir a assumir no domínio da educação/animação de grupos escolares e outros no contexto das políticas ambientais, com especial incidência na sensibilização para a causa do século XXI - o Ambiente.

Entendo que este é um contributo para a afirmação da Animação e do seu exercício em campos de intervenção que normalmente são dinamizados por outros agentes que não Animadores. É um sinal positivo de que a Animação Sociocultural continua a se afirmar no contexto insular.

terça-feira, 5 de junho de 2007

AniGrupos

"AniGrupos" é o nome de um novo site que explora recursos para animação de grupos, da autoria do Animador José Vieira, o mesmo autor do blogue "Animação Sociocultural & Juventude".

Este novo recurso on-line pretende ser um espaço de partilha de informação e recursos úteis para quem trabalha com grupos em contextos sociais, educativos, formativos e/ou de tempos livres.

"AniGrupos" disponibiliza uma série de recursos, nomeadamente, artigos do autor sobre dinâmicas e animação de grupos ejogos, actividades e dinâmicas para a animação de grupos.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Encontro Europeu sobre formação de Animadores Socioculturais

A Cidade de Salamanca, Espanha, acolhe entre os dias 4 e 6 de Junho, o Encontro Europeu sobre a Formação de Animadores Socioculturais denominado - "La Formación de Animadores Socioculturales en Europa".

Este encontro contará com investigadores e docentes de diversas universidades europeias, nomeadamente, Víctor J. Ventosa, Ayuntamiento de Salamanca (Espanha); Jean-Claude Gillet, Universidade de Burdeos (França); Claudia Della Croce (Suiça); Américo Nunes Perez e Marcelino de Sousa Lopes (Portugal) Universidade de Trá-os-Montes e Alto Douro.

O programa do Encontro poderá ser consultado no site da RIA .

sábado, 2 de junho de 2007

Da teoria à prática. A intervenção em Animação Sociocultural

Li no blog do Dr. José Vieira (www.anijovem.blogspot.com) a postagem "A metodologia de projecto em Animação Sociocultural", uma refelexão que retrata aquilo que deverá ser as boas práticas na condução de um projecto de Animação Sociocultural. Uma realidade, que infelizmente, não é consistente, nem acompanha os processos de intervenção em Animação Sociocultural em muitas instituições sociais, culturais e educativas.

Sem querer impôr explicações lógicas a "talho de foice", estas falhas estruturais na metodologia de projecto vêem desde o período de formação dos Animadores Socioculturais, ou seja, o período de estágio que é concedido no decorrer do curso, muitas vezes, é manifestamente exíguo no tempo; o que, dificulta uma verdadeira aprendizagem prática das metodologias de projecto aplicadas à intervenção em Animação Sociocultural no âmbito local.

Parto da ideia de que, nós Animadores estamos conscientes de que as instituições acolhedoras dos estágios de Animadores, e os seus dirigentes (com excepções), não procuram facultar uma plena integração dos estagiários no mundo do trabalho e consequente uma aprendizagem contínua integrada na realidade envolvente. Há sim, uma tentativa de integrar os estagários nos projectos existentes, proporcionar um estágio em gestão e não em Animação Sociocultural.

Há casos em que os próprios Animadores Socioculturais acomodam-se à realidade institucional e embarcam no sistema, falta trabalhar uma consciência crítica e acutilante.

Os Animadores Socioculturais têm que desenvolver uma consciência crítica, uma posição firme e activa, face a um conjunto de situações que diariamente esbarram com a sua actuação, enquanto Animador Sociocultural. A análise da realidade é um trabalho contínuo, ela está em mutação permanente, e os Animadores têm que assumir um posicionamento crítico face ao seu próprio trabalho.

A análise da realidade envolvente não pode ser entendida como um capricho do Animador, ela é um instrumento basilar de uma política de Animação Sociocultural.

O Prof. Avelino Bento referiu no seu blog www.exdra.blogspot.com no post, "4 Breves reflexões sobre práticas, de facto, de ASC", "Reflexão 1 - Práticas de intervenção sociocultural" o posicionamento que alguns políticos em exercício no Poder Local assumem sobre as dinâmicas socioculturais no âmbito municipal. Estou de acordo com a posição do Prof. Avelino.

Infelizmente, o Animador Sociocultural para alguns eleitos locais, ainda é percepcionado como um "faz-tudo", um dinamizador das actividades instituídas no âmbito das pseudo-políticas culturais municipais.

O exercício da prática da Animação Sociocultural não é tarefa fácil. É fundamental trabalhar as mentalidades, as práticas socioculturais institucionalizadas, gerar novas dinâmicas com as populações, sem nunca pôr de lado, a análise da realidade local, esta, tem que ser um processo contínuo no labor de qualquer Animador Sociocultural, caso contrário, estaremos a fazer qualquer coisa, menos a trabalhar os processos socioculturais desde a metodologia da Animação Sociocultural.